A montanha mágica

quinta-feira, novembro 07, 2013

Ontem ou anteontem foi e é mais um dos dias vergonhosos vividos neste aglomerado de gente a que chamam Portugal.
Mais uma vez se mostrou mostra que não chega para ser país.
Mais uma vez se mostra a monstruosa pouca vergonha que aqueles que têm funções diretivas mostram em relação aos outros.

A minha vidinha o meu espelho eu, em todo o esplendor.

Se tudo aquilo que significa a prova de acesso à carreira docente já é mau de mais para ser verdade ontem chegou-se ainda mais longe.
E nem sequer estou a falar de pagar para realizar a prova, por pior que também seja.

Falo da pouca vergonha –parem de fazer merda, parem—da data marcada para a realização da referida prova.
18 de Dezembro?

A gentinha e indivíduos que foram ou são pagos para pensarem/refletirem sobre um sistema mais uma vez mostram que não o conhecem nem á superfície.
Então vão marcar a prova para dias que são tudo menos de sossego físico e intelectual, de falta de tempo para refletir, de acalmia. De preparação.
Marcaram a prova para os dias em que os docentes andam mergulhados, mais do que nunca, na correção de provas escritas de avaliação dos alunos, na redação de grelhas e planos de avaliação, na atribuição de notas em reuniões que duram no mínimo duas horas cada uma. Turmas que agora são constituídas muitas delas por 28, 29, 30 alunos.
Vezes 6,7,8,9 e, sim, 10 turmas. Multipliquem. Tenho 7 turmas, cerca de 160 alunos + uma direção de turma.
Corrigir provas escritas de avaliação, refletir sobre níveis a atribuir, reuniões de avaliação, trabalho de diretor de turma.

Como é que se pode ir realizar a prova no dia 18 de dezembro?
Como?
Expliquem se faz favor?
São uma chusma de ignorantes, sim, são. Alguém que tenha alguma coisa na cabeça não age assim ou se age age de forma macabra, premeditada, para fazer mal a torto e a direito.
Não é admissível. Não é tolerável.
Ganhem vergonha na cara bando de incompetentes e ainda pior.

posted by Luís Miguel Dias quinta-feira, novembro 07, 2013

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São horas, Senhor. O Verão alongou-se muito.
Pousa sobre os relógios de sol as tuas sombras
E larga os ventos por sobre as campinas.


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