segunda-feira, outubro 08, 2012
Eisenstein escreveu que Griffith nunca se comprometeu em mostrar para além do bem e do mal (não chegaria já?), não mostrou as grandes multidões, as grandes massas, unidas. Disse Eisenstein.
Ainda não vi o último filme de Manoel de Oliveira O Gebo e a Sombra a partir de Raul Brandão mas uma das críticas mais contundentes ao Portugal de agora e de sempre mostrou-a ele em 2009 no Singularidades de um Rapariga Loura, a partir do conto de Eça de Queirós.
Mais contundente porque estrutural, da longa duração, de uma repetição absurda, do perpetuar de medidas e argumentações patéticas que fazem com que o país Portugal não seja mais do aquilo que por estes dias se anunciou e se anuncia e que esta poderosa curta metragem de Griffith mostra.
Tão poderosa como as Singularidades.
posted by Luís Miguel Dias segunda-feira, outubro 08, 2012