segunda-feira, maio 07, 2012
duas ou três notas sobre o que se tem feito ouvir entre nós, república portuguesa:
é de ir aos arames quando se vê lê ou ouve pessoas que presumivelmente sabem o que dizem dizer que o líder do PS (por quem não tenho simpatia nenhuma) se devia ir embora, demitir e assim.
o atual primeiro ministro espanhol esteve quantos anos na liderança da oposição?
a sério, não se percebe.
está tudo podre tudo minado;
já os jornalistas é normal dizerem destas merdas, mas gostam de falar e dizer baboseiras, não conseguem sossegar. vão mas é dar banho ao cão.
- um exemplo do também estado dos cronistas mais novos e mais velhos é a entrevista de Teresa de Sousa a Rob Rieman, publicado no jornal público ou na revista 2 a semana passada.
uma das cronistas do público, ouvida aqui e ali e acolá e o que dizer sobre o que ela diz nessa entrevista? sofrível, muito sofrível. muito preocupante.
nestes dois casos está bem patente a própria negação da possibilidade de melhorar. não é possível, nem em 1000 anos.
- não há nenhum cronista que consiga escrever que as medidas que estão a ser tomadas pelo governo português não vão resolver nada? apenas empobrecer o país? criar mais ricos? será que não se vê de longe que tem de haver uma distribuição maior da riqueza? que tem de se mudar a organização das empresas portuguesas e a correlação de representação dentros das mesmas? será que só querem dar exemplos alemães mas não querem a sua organização empresarial cá em Portugal? como na autoeuropa?
o que querem, tornar mais ricos os mais ricos? tornem constitucional que os empresários têm de distribuir pelos seus empregados 30% a 40% dos lucros que obtêm e vão ver se não é uma revolução que se faz dentro das empresas e na tão famigerada produtividade.
anda o presidente da república + o presidente da comissão + o primeiro ministro português a discutir o quê?
somos mesmo miseráveis. vamos ficar muito mais pobres e vamos ficar sem nada, sem quase nada ter feito de essencial.
Outros exemplos:
- acho que foi na última entrevista que o parolo do primeiro ministro português deu para as tvs que disse, e só vi estes 10 segundos, que ele disse que esperava que o desemprego não aumentasse muito mais por causa do que o Estado teria de pagar e também, repare-se, também, por causa das pessoas.
quem é esta gente?
com quem é que fala? quem é que ouve? o que é que lê? ou vê?
- muitos parabéns aos realizadores e produtores portugueses de cinema pois são eles quase os únicos no mundo da cultura portuguesa a bater no parolo do secretário de estado da cultura, ninguém mais.
dá dó. tantos imbecis calados.
- outro exemplo da calamidade: a equipa de futebol mais representativa da cidade do porto ter sido campeã nacional. devia ter ficado aí a uma dúzia de pontos dos primeiros lugares mas não, ganhou, imagine-se, ganhou. com toda a gente a ver nas tv e depois de já se terem ouvido as escutas ao presidente deste clube no youtube.
e passa nas tvs todas as semanas.
posted by Luís Miguel Dias segunda-feira, maio 07, 2012