segunda-feira, janeiro 16, 2012
Pedro Costa, Manoel de Oliveira + Vasco Pulido Valente + José Pacheco Pereira
jornal público, sábado 7 de janeiro de 2012, Pacheco Pereira:
"Na verdade, no Parlamento, nas "jotas", nos jovens quadros partidários, nos quadros do aparelho partidário, eram os especialistas no controlo do poder interno, envolvidos muitos deles em tráfico de influência ao nível das autarquias, dos partidos e da governação, e subindo na carreira através de sindicatos de votos e de trade off de favores e lugares, ou seja, nos mais ambiciosos profissionais partidários, que eu via de repente aparecerem numa loja maçónica qualquer. Porquê? Porquê? A resposta só podia ser porque isso lhes potenciava a carreira, a ascensão social com novos conhecimentos e novas relações de entreajuda oriundas da sua filiação maçónica. Há excepções, mas são mesmo excepções."
jornal público, domingo 8 de janeiro de 2012, Vasco Pulido Valente:
"Mas de então para cá deixou de ter razões para continuar. Não há monárquicos, nem a mais vaga hipótese de restauração da Monarquia. A Igreja em grande decadência pesa pouco e, sobretudo, não ameaça ninguém. O PS já não anda atrás da "irmandade"; e o PSD, ao princípio protegido e pupilo do catolicismo tradicional, é hoje um partido sem um carácter definido, sempre disposto a recolher a última novidade política. Por isso, apareceram de repente a Grande Loja Regular de Portugal e a Grande Loja Legal de Portugal, duas maçonarias sem história, nem explicação. Porquê? Porque a presença do Grande Oriente Lusitano diminuíra no Estado e no governo e era preciso outra organização (ou organizações) para o substituir em nome da entreajuda secreta que a fraternidade fornece e dos negócios que patrocina ou que a patrocinam. Mais nada."
agora, façamos uma experiência: ler primeiro o excerto de Pulido Valente e depois o de Pacheco Pereira. Estão a dizer o mesmo ou coisas diferentes?
o mesmo. A potenciação da vida profissional e a ascensão social. Mas Pulido Valente diz e fazer mais negócios. E acaba a dizer: Mais nada.
este mais nada é o quê?
há uns dias atrás, repito, o presidente da república portuguesa foi para os estados unidos da américa dizer que portugal também é um país de oportunidades, assim sem vergonha e tudo.
o que me deixa desconcertado é o mais nada de Pulido Valente. mesmo. é que é essa uma das questões principais + a potenciação da vida profissional e a ascensão social promovida por maçons.
um historiador como Pulido Valente dizer isto é o quê? mais nada? E os outros, a grande, grande, maior parte, que são ultrapassados por estes indivíduos? onde é que está a defesa do bem comum, em portugal? o que é e como é que é a distribuição da riqueza? parem para refletir,
alto e pára o baile! O que é isto? Que festança é esta? diz o ciclope ao entrar na gruta. E continua: Como é que se têm visto, cá pela gruta, as minhas crias recém-nascidas? Por acaso estão a mamar? Andam à procura das tetas das mães?
10 milhões, não é? de norte a sul. aí em Lisboa, andam a brincar ao quê? tenho mais razão do que tu? mais livros? mais artigos? sou mais giro? a televisão vem a minha casa e à tua não? nem na merda do futebol com toda a gente a ver se ganha vergonha na cara quanto mais...
aqui há dias a viúva de Ruy Belo dizia na RTP2 que o marido sofreu muito por causa da opus dei, que foi muito difícil deixar a opus dei.
quantos aos mais jovens maçons e mais jovens opus dei, nem vale a pena... excitadíssimos, a idade cega, exemplos?
um país é o quê? devia ser o quê? pode ser o quê?
uma grande razão, não era?
um sonho renovado e renovado e renovado e.
portugal é um pesadelo.
está tudo minado.
[nota de 16/1/2011: ridículas figuras fizeram e têm feito os maçons que sairam/saem da toca para ir à tv e igualmente ridícula a figura do cardeal patriarca, diria mesmo, sumamente ridícula, ao comentar este tema, parecia assanhado]
posted by Luís Miguel Dias segunda-feira, janeiro 16, 2012