sexta-feira, outubro 21, 2011
dar os parabéns aos Artistas Unidos que na passada quarta-feira abriram a sua nova casa, que bom, muito bom, que luxo é poder ter os Artistas Unidos, e têm consigo as esculturas de Ângelo de Sousa
do catálogo Angelo de Sousa y Escultura, Centro de Arte Moderna F.C.Gulbenkian, 2006, um excerto do texto O Objecto da multiplicidade qualquer, de José Gil
"É este talvez o paradoxo maior das esculturas de Ângelo: perfeitamente autosuficientes na sua exterioridade visível, proliferam num espaço que, não se vendo nem se tocando, goza também de uma presença exterior. É o grande mistério sem mistério do espaço destas esculturas: o espaço invisível, virtual, goza de uma exterioridade presente. Todo o espaço, virtual e actual, é um exterior sem interior. O interior não passa de uma dimensão fractal, actualizável, do exterior virtual presente. Se é verdade que, segundo Rosalind Krauss, a história da escultura moderna retraça a conquista progressiva de diferentes tipos e exterioridade, Ângelo descobre um novo tipo, nunca antes trabalhado (nem por Morris, Serra ou Sol LeWitt): a exterioridade do espaço virtual proliferante. Nas suas esculturas ´vê-se`o movimento do espaço invisível que continua os ritmos dos objectos."
posted by Luís Miguel Dias sexta-feira, outubro 21, 2011