sexta-feira, outubro 28, 2011
Da Democracia (8)
Pergunta dos investigadores: “Não há provas de que a inscrição de Behistun tenha sido traduzida para grego, será que Heródoto leu ou teve conhecimento de uma cópia grega da inscrição de Dario, em Halicarnasso, Samos ou algures na Jónia? Será que apenas ouviu falar da cópia (possivelmente, escrita em aramaico) que o rei enviou para Sardes?”
E concluem mais à frente: “a maior parte dos comentadores admite que Heródoto se baseou predominantemente em fontes orais e na observação pessoal, mais do que em tratados gregos, textos epigráficos aqueménidas ou outras fontes escritas. Como era natural no seu tempo, Heródoto fez várias apresentações públicas do seu trabalho, semelhantes àquelas em que ele próprio, como ouvinte, deve ter recolhido elementos para a sua obra.”
E dizem: “não obstante as coincidências, existem também algumas divergências entre o relato de Heródoto e o monumento de Behistun”: datas, nomes, políticas, iniciativa, local da morte, a ascensão de Dario.
Fundamental, a pergunta: “mas será que a inscrição, por ser um documento oficial, serve de garante de historicidade?”
posted by Luís Miguel Dias sexta-feira, outubro 28, 2011