quarta-feira, outubro 19, 2011
Da Democracia (3)
Objectivo: e segundo Maria Helena Rocha Pereira, chegar “ao mais antigo texto conhecido de teoria política”; e depois logo se verá.
Vamos então também mais ao lado, mesmo no tempo de vida de Clístenes.
Sigamos, deliciados, alguns dos episódios das Histórias de Heródoto.
Setembro de 522 a.C, sete conjurados persas decidem atacar e matar o mago que fazendo-se passar por Esmérdis, filho de Ciro, reinava sobre a Pérsia.
Os sete heróis da revolta são: Dario, Intáfrenes, Otanes, Góbrias, Hidarnes, Megabizo e Ardumanis. Da nota de rodapé número 203 do volume…
Enquanto discutiam qual o melhor plano “apareceram sete pares de falcões, que perseguiam dois pares de abutres, arrancando-lhes as penas e ferindo-os. Perante esta visão, os sete por unanimidade aprovaram o parecer de Dario e avançaram de seguida para o palácio, encorajados pelas aves que haviam visto.”
Já lá: “depois de matarem os magos e de lhes cortarem a cabeça, os sete resolveram deixar ali os conjurados feridos, não só por se encontrarem incapacitados para prosseguir, mas também para ficarem de guarda ao palácio. Os restantes cinco, com as cabeças dos magos na mão, correram lá para fora, a gritar e a fazer grande alarido.”
Ora, “quando a confusão amainou, decorridos mais de cinco dias, os que se tinham revoltado contra os magos reuniram-se, para deliberarem acerca de tudo o que havia a fazer, e foram então proferidos discursos, inacreditáveis para alguns dos Gregos, mas que foram realmente proferidos.”
Voilà: “e foram então proferidos discursos, inacreditáveis para alguns dos Gregos, mas que foram realmente proferidos.” Chegamos.
posted by Luís Miguel Dias quarta-feira, outubro 19, 2011