domingo, julho 31, 2011
1/11
como não sei nada mas quero e se tu caro leitor aqui vieres ter ou dar por distracção por não querer de visita rápida mandado insultado ou por querer e se acaso quiseres acrescentar acrescenta serás identificado
os próximos dias serão assim já estão a ser
e o que tenho de mais rápido para não dizer é que JCM é muito mais genial deslumbrantemente genial
11 dvds + catálogo da cinemateca
1º dvd os quatro primeiros filmes + extras: entrevistas: Maria Velho da Costa, Luís Miguel Cintra, Henrique Espírito Santo, Jorge Silva Melo; Entrevista audio a JCM; Desenho de João Rodrigues; Quem Espera... de Manuela de Freitas; Fotos; Filmografia; DVD-ROM
1.1. Sophia de Mello Breyner Andresen, 1969
Jorge Silva Melo:
Auto-Entrevista:
Dos extras, um excerto do testemunho de Jorge Silva Melo: "a simples presença da câmara, registando o real, o que está ali à frente; e a enorme provocação e artifício que o João César vai criando na própria, não diria encenação, mas provocação dos acontecimentos. O plano que nos deu mais trabalho, que provocou grandes crises, foi um plano em que a Sophia de Mello Breyner estava sentada no sofá da sala principal, na casa dela ali na Graça, e o João César queria que a filha mais nova, a meio do plano, pusesse uma música dos Beatles, que na altura estava muito em voga, sem a Sophia saber.
A Sophia começou a falar sobre a Grécia, a Beleza, a Humanidade, e tumba, lá aparecia os Beatles; mas ela não percebeu que aquilo era combinado com o João César.
Segunda take, a mesma coisa aconteceu, e Sophia não percebeu bem e irritou-se com a filha: então não vês que estamos a filmar.
Terceira take, percebeu finalmente e ficou furiosa com o João César por perceber que ele estava a fazer uma maroteira perante aquela coisa que todos nós respeitávamos que é, e que dá uma certa dignidade, que é o ser filmado.
Ora, o João não queria a dignidade, quando filmava queria provocar para encontrar o ponto de fractura, o ponto de irritação, que criasse um artifício..."
próximo, 1.2. Quem espera por Sapatos de Defunto Morre Descalço, 1970. até já.
posted by Luís Miguel Dias domingo, julho 31, 2011