quarta-feira, maio 04, 2011
Do dia mundial do livro à feira do livro, e sem considerações sobre historiografia, três ou quatro pontos sobre o monumental livro de Tucídides recentemente editado em Portugal História da Guerra do Peloponeso:
Fase I:
1) ir ao Livro II e ler A oração imperial de Péricles: elogio dos mortos e do poder democrático, sublinhar;
2) ir ao Livro V e ler Monólogo ateniense totalitário: o diálogo dos Mélios e o genocídio, sublinhar;
3) cotejar sublinhados; partindo apenas e exclusivamente destes dois livros.
Depois:
Fase II:
1) ir ao Livro III e ler de XXXVI até L; sublinhar, cotejar, reter;
2) ir ao Livro I e ler de CXL até CXLV; sublinhar, cotejar, reter;
Fase III:
1) entre o Livro II e o Livro V: conceitos: de poder democrático a genocídio. Levantar, das páginas do livro, a cabeça. Ficar de olhos esbugalhados. Reler. Reter.
2) voltar, atrás, ao Livro III e ouvir Cléon e Diódoto: linhas: seguidas e em potência palpitante. Hoje.
3) reler a parte do Livro I outra vez.
Fase IV:
1) na Introdução de Rosado Fernandes, onde quase tudo o que é aqui dito anteriormente também está, não aparece a reflexão, que ligue ao presente, e no caso concreto, à história alemã dos séculos XIX e XX, sobre o que se passa entre o Livro II e o Livro V;
2) ler o que escreve Kitto em Os Gregos sobre Cléon e Diódoto, reter tudo e também o que diz sobre Eurípides;
3) ler e sublinhar, na introdução de Rosado Fernandes, as ligações a partir da História da Guerra do Peloponeso a diferentes episódios da História: interiorizar a metodologia seguida e saber que ao fim de um ano lectivo já se promoveu e conseguiu mais elasticidade mental; e propor, para além daquilo que Diogo Ramada Curto relembra como óbvio num semanário de fim de semana, propor, dizia, uma ligação activa e efectiva entre, pelo menos, o ensino secundário e o ensino universitário, pelo menos;
4) ir ao Livro VII, ler, ler LXXV... A dramática retirada para Atenas.
posted by Luís Miguel Dias quarta-feira, maio 04, 2011