segunda-feira, fevereiro 21, 2011
Winding Stair
Um destes dias logo ao começar Quinze dias no deserto americano, Alexis de Tocqueville, Angelus Novus Editores, 2010, que me tinha passado completamente ao lado, diz assim "percorríamos lugares célebres na História dos Índios, subíamos vales por eles baptizados, atravessávamos rios que ainda hoje [1831] têm o nome das suas tribos, mas, em todo o lado, a cabana do selvagem tinha cedido espaço à habitação do homem civilizado; os bosques tinham sido arrasados, a solidão ganhava vida."
subíamos vales por eles baptizados, atravessávamos rios que ainda hoje têm o nome das suas tribos...
São maravilhosos sim os nomes por eles batizados, assim, sim, tal como os dos barcos dos pescadores da póvoa de varzim e dos das caxinas, e a memória traz-nos de imediato alguns dos mais célebres e conhecidos.
Do livro de Chales Portis, True Grit, fui anotando alguns Coronel Stonehill, Yell, Yarnell Poindexter, um homem chamado Bloodworth, avô Spurling, Daggett, Rooster Cogburn, Felizardo Ned Pepper, o vapor público Alice Waddell, Frank Pequeno, Odus Wharton, Florence Mabry Whiteside, Grover Cleveland, Spotted-Gourd, Distrito Going Snake, Creek, montes Winding Stair, o nome do gato era General Sterling Price, Nação Choctaw, Coronel Stochhill, Quantrill, Moon Garrett, Haze, Wagoner´s Switch, Chickamauga, Elkhorn Tavern, Pernas Vermelhas, Shaftoe, Salt Lake City, Flathead, Fogelson, Javardo Mexicano Original, Ordem do Arco-Íris para Meninas, Capitão Boots Finch, Gaspargoo, homem chamado Smallwood, Farrell Permalee.
No filme, os irmãos Coen acrescentam mais alguns, iguais a si próprios.
E volto a Le Clézio, "Graças ao silêncio, o Índio sabe outras linguagens. Sabe falar pássaro, planta, árvore; sabe falar terra, e rio, e sol."
posted by Luís Miguel Dias segunda-feira, fevereiro 21, 2011