domingo, novembro 07, 2010
1. [nota da gaveta, aí com... meses] No jornal Público há, no mínimo, duas secções muito más, muito más, péssimas, uma raia mesmo o nojo e a outra a falta de vergonha na cara, nos quinze anos do público online e para o que se diz no vídeo como se faz um jornal:
o nojo: a seccção intitulada pessoas, dia após dia: sem palavras:
a falta de vergonha na cara, muitas vezes seguidas: as reportagens sobre o campeonato nacional de futebol em particular as que dizem respeito às análises dos jogos do clube mais representativo da cidade do Porto e do Benfica, e também em relação à selecção nacional. Viram o que escreveram sobre Simão e o seu afastamento em relação à selecção?:
Simão Sabrosa abandona selecção antes de perder lugar, este título é imbatível mas o resto do texto merece leitura... "A renúncia de Simão Sabrosa surge numa altura em que o avançado do Atlético de Madrid estava a perder espaço na selecção". O autor destas palavras é um jornalista que também apresenta um programa miserável na rtpn sobre, imagine-se, claro, futebol. É tão mau, tão mau, tão.
O futebol português é outra das amostras mais representativas do que somos capazes. As escutas ao presidente do clube mais representativo da cidade do Porto, por aí na net, o campeonato português 2010/2011 a sem vergonhice mais pura e dura: logo no primeiro jogo, ainda em Agosto: um jogador da Naval é pontapeado dentro da área quando isolado se prepara para atirar para a baliza da equipa azul e branca da cidade do Porto e... e... nada, claro. Quase no fim, um penalty só possível com repetição deu a vitória aos da invicta. Tudo dito. Depois foi o que se viu: a maior filhadaputice em directo para quem quiser ver. Se mandasse, comigo não jogavam uma única vez, uma única, e depois que levassem as faixas, e que fizessem quantos são joões quisessem, mais parvo é quem lhes dá confiança.
Leia-se a secção de desporto do público e depois... é gargalhada. Até já vão à televisão!
Miséria das maiores porque em directo e não sei com quantos programas semanais, inenarráveis, a mostrar tudo e pessoas a dizerem que o que nós estamos a ver afinal não estamos nada a ver, é outra coisa. Vão dar banho ao cão.
2. Hoje vai realizar-se mais um jogo de futebol, tremendo de emoções.
Se mandasse alguma coisa no Benfica, a equipa não compareceria, preferia ver os três pontos a voar do que ir jogar naquele estádio com aquela gente.
Por diversos motivos.
Os principais: pela segurança dos jogadores e pela mentira:
-pela segurança, o ano passado depois de um paralelo ter atravessado o autocarro da equipa do benfica e não ter acertado em Aimar e Kardec, acho, o presidente vermelho não deu meia volta e decidiu entrar para jogar o jogo, tonto e tolo; num programa, desses de merda que por aí andam a discutir futebol, um dos participantes disse mesmo que o paralelo atravessar o autocarro era normal, era normal em futebol, em dias destes, em rivalidades destas. Voilá.
- pela mentira: em Portugal até o futebol é quase sempre mentira, e contratam pessoas e mais pessoas para em directo dizerem que o que estamos a ver na verdade, nós, não estamos a ver, não não estamos a ver, é outra coisa. E para escrever também.
Só temos o país que temos e merecemos, mesmo quando a hora é mais de lazer do que responsabilidades maiores.
O treinador de futebol da equipa mais representativa da cidade do Porto falou antes do jogo nos pontos que conseguiu amealhar para ter a diferença pontual que tem em relação ao seu adversário de hoje, e disse isso sem se rir e de olhos nas máquinas de filmar e de fotografar; quiça com o mesmo espírito que em Guimarães disse o que disse om aquele jornalista, agora assessor, que foi da rtp a dizer-lhe os minutos do grande penalty não assinalado a favor dos azuis e brancos.
O ano passado o Benfica e o Braga deram show de bola e o benfica teve de jogar até ao último minuto para ser campeão, este ano à décima jornada o campeonato pode acabar; nada de novo no futebol português dos últimos vinte e cinco anos.
E se a UEFA e a FIFA não querem saber que um clube só ganhe, espante-se quem quiser, também não está zelar pelas suas competições uma vez que uma equipa com vinte pontos de avanço, que nunca perde, nem os seus jogadores vêem cartões, pode jogar com uma equipa à quarta-feira e outra à quinta-feira, d-e-s-c-o-n-t-r-a-i-d-a-m-e-n-t-e.
Se Barcelona, Real Madrid, Chelsea, Manchester United, Arsenal, a equipa de raguebi da Nova Zelândia, os Lakers, os Chicago Bulls de Jordan, o Brasil de 82 e outros perdem, é porque, enfim, não são o suficientemente bem organizados e bem treinados.
Parece que aquele árbitro que recebeu a condecoração da associação de futebol do Porto, o mesmo que o presidente da equipa de futebol mais representativa da cidade do Porto defendeu ao dizer que ia estar atento para ver se outros iriam ser castigados como ele, não assinalou mais uma grande penalidade clara, desta feita no jogo Paços de Ferreira-Nacional da Madeira. O penalty era a favor do Nacional da Madeira. Ninguém sabe como é que este senhor continua a poder arbitrar jogos de futebol.
Tanta é a vontade de rir, também de tristeza, neste país de meia dúzia de parolos e de gente ridícula com poder a mais.
Ouvir e ver Aimar enviar os parabéns a Maradona é sopro de luz.
3. portugal político:
pandilha
em
pândega
permanente
posted by Luís Miguel Dias domingo, novembro 07, 2010