A montanha mágica

quinta-feira, setembro 23, 2010

novidades Assírio & Alvim - distribuição: 6 de Outubro de 2010


«_____________ a primeira imagem do Diário não é, para mim, o repouso na vida quotidiana, mas uma constelação de imagens, caminhando todas as constelações umas sobre as outras. Qualquer aprendiz imagético, quando sobe ao meu quarto e atravessa o meu escritório, tem o sentimento de que “um belo lixo de imagens se criou aqui”. Se for menos inocente dirá: “que belo luxo de imagens”. Eu diria: aqui está a raiz de qualquer livro.»




UM ARCO SINGULAR — Livro de Horas II
Autor: Maria Gabriela Llansol
Selecção, Transcrição, Introdução e Notas: João Barrento e Maria Etelvina Santos
Colecção: Arrábido 8 / Tema, classificação: Literatura Portuguesa
Data de Edição: Setembro de 2010 / Distribuição: 6 de Outubro de 2010
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada / 288 páginas
ISBN: 978-972-37-1544-6
Preço sem IVA: 16,98 € / P.V.P.: 18 €


«[…]
Uma palavra ainda sobre o título encontrado para este segundo volume: o “arco singular” que nele se traça (sugerido pela leitura de Rilke) é múltiplo, e será decisivo para o resto da vida e da escrita de Maria Gabriela Llansol. Esse arco vai do entusiasmo inicial da experiência cooperativa de trabalho e ensino à desilusão final dessa vivência, tão típica de uma época de ideais alternativos e de contradições. É o arco da tensão crescente entre as imposições da sobrevivência e a “sobrevida” que só a escrita de mais dois livros pode trazer, os que ocupam grande parte destes cadernos e deste período (A Restante Vida e Na Casa de Julho e Agosto). É o arco que vai da matéria medieval, e fascinante, do universo de beguinas, cátaros, gnósticos e alquimistas à descoberta da escrita e da existência de outras mulheres, escritoras do mesmo século XX, e grandes revelações, como Virginia Woolf e Katherine Mansfield. É, em termos de quotidiano estrito, o arco que vai da saída de Lovaina e do seu mundo mais cosmopolita à aparente felicidade da vida mais tranquila na casa de Jodoigne (que evoca vagamente a da infância, e por isso é objecto de tanta atenção) e ao anúncio da saída para o isolamento ainda maior de Herbais, que proporcionará finalmente uma existência quase exclusivamente preenchida pela escrita. O “arco singular” que este livro dá a ver é, enfim, o de uma linha parabólica sempre bidireccional e tensa, com um vórtice em cima e outro em baixo, entre os quais se desenrola o percurso de um ser de escrita que, como dirão mais tarde as últimas palavras de O Senhor de Herbais, sendo como poucos singular, nunca seria “uma singularidade vã”.»

João Barrento eMaria Etelvina Santos, na «Introdução»





«Não passa por nós um sopro daquele ar que envolveu os que vieram antes de nós? Não é a voz a que damos ouvidos um eco de outras já silenciadas? As mulheres que cortejamos não têm irmãs que já não conheceram? A ser assim, então existe um acordo secreto entre as gerações passadas e a nossa. Então, fomos esperados sobre esta Terra. Então, foi-nos dada, como a todas as gerações que nos antecederam, uma ténue força messiânica a que o passado tem direito. Não se pode rejeitar de ânimo leve esse direito. E o materialista histórico sabe disso.»


O ANJO DA HISTÓRIA
Autor: Walter Benjamin
Edição e Tradução: João Barrento
Colecção: Obras de Walter Benjamin 4 / Tema, classificação: Ensaio
Data de Edição: Setembro de 2010 / Distribuição: 6 de Outubro de 2010
Formato e acabamento: 14,5 x 21 cm, edição brochada / 224 páginas
ISBN: 978-972-37-1361-9
Preço sem IVA: 16,04 € / P.V.P.: 17 €



«[…]
Há um quadro de Klee intitulado Angelus Novus. Representa um anjo que parece preparar-se para se afastar de qualquer coisa que olha fixamente. Temos olhos esbugalhados, a boca escancarada e as asas abertas. Oanjo da história deve ter este aspecto. Voltou o rosto para o passado. A cadeia de factos que aparece diante dos nossos olhos é para ele uma catástrofe sem fim, que incessantemente acumula ruínas sobre ruínas e lhas lança aos pés. Ele gostaria de parar para acordar os mortos e reconstituir, a partir dos seus fragmentos, aquilo que foi destruído. Mas do paraíso sopra um vendaval que se enrodilha nas suas asas, e que é tão forte que o anjo já as não consegue fechar. Este vendaval arrasta-o imparavelmente para o futuro, a que ele volta costas, enquanto o monte de ruínas à sua frente cresce até ao céu. Aquilo a que chamamos o progresso é este vendaval.»

Walter Benjamin





FURTIVOS LÍRIOS


Contemplava a própria vida
na sorte desses instantes
que tanto se assemelham a furtivos lírios
à chegada da noite
mas dizia: um coração é sempre um pássaro
evadido à censura da penumbra

nenhum sofrimento conseguia desfazer
as muitas exaltações que mantinha
e mesmo à beira do abismo
exibia uma facilidade talvez sem razão

quando a arte das chamas se tornou
nas cidades uma ciência ameaçada
percebemos que há muito nos falava
do interior das florestas


BALDIOS
Autor: José Tolentino Mendonça
Colecção: Poesia Inédita Portuguesa 57 / Tema, classificação: Poesia
Data de Reedição: Maio de 2010 / Distribuição: 6 de Outubro de 2010
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada / 80 páginas
ISBN: 978-972-37-0542-3
Preço sem IVA: 8,96 € / P.V.P.: 9,50 €








A exposição que vai inaugurar na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva apresenta trabalhos realizados entre 2005 e 2009, onde pesquisa e experimentação surgem a par e se revelam num singular núcleo de objectos que têm por base a fotografia mas que são na realidade pintura, desenho, outra coisa; e um primoroso álbum de desenho, disciplinadamente construído ao longo de um ano, sem outra obrigação senão a cumplicidade entre amigos artistas. A exposição contrói-se em torno de dois conjuntos de trabalhos que cruzam diferentes aspectos da linguagem visual de Lemos: uma colecção de desenhos, intitulada Isto é Isto e uma série de fotografia intitulada Ex- Fotos.
Isto é Isto é um conjunto de 154 desenhos realizados num caderno de apontamentos de capa dura, de pequeno formato (A5). Os desenhos, a lápis e caneta, foram criados a um ritmo quase diário entre 2007 e 2008, e são, na maioria, legendados com frases que lhes conferem uma carga irónica e humorística. O caderno original é exposto desmontado e disposto em vitrinas verticais transparentes, onde são visíveis os dois lados da folha.
Ex-Fotos é uma série de 20 fotografias feitas a partir de provas fotográficas rejeitadas, imagens de amadores que, no original, seriam banais fotografias de família que ficaram mal iluminadas, mal focadas, mal enquadradas. As provas foram trabalhadas por Fernando Lemos riscando, rasgando e pintando sobre o original e em seguida refotografadas digitalmente e impressas no formato 70x100 cm. Esta pesquisa foi iniciada pelo autor em2005 e tem vindo a crescer como uma experiência de resgate visual do que é rejeitado, num processo que cria novas imagens e procura vestígios de estranheza na relação que se cria entre os restos da imagem original e a nova imagem. A exposição inaugura no dia 30 de Setembro e decorrerá até ao dia 23 de Janeiro de 2011.

ISTO É ISTO e EX-FOTOS (2 volumes)
Autor: Fernando Lemos
Colecção: Arte e Produção / Tema, classificação: Arte Contemporânea
Data de Edição: Setembro de 2010 / Distribuição: 6 de Outubro de 2010
Formato e acabamento: 2 volumes unidos por uma cinta especial:
Isto é Isto: 21x15, edição brochada / 64 pp. com fotos a cores
Ex-Fotos: 15x21, edição encadernada / 128 pp. com desenhos a cores
ISBN: 978-972-37-1552-1
Preço sem IVA: 18,87 € / P.V.P.: 20 €

posted by Luís Miguel Dias quinta-feira, setembro 23, 2010

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São horas, Senhor. O Verão alongou-se muito.
Pousa sobre os relógios de sol as tuas sombras
E larga os ventos por sobre as campinas.


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