quarta-feira, setembro 29, 2010
Porque o diabo aparece quando se espera,
Não te finjas surpreendido.
Menos subliminar do que aquilo que era,
Não te faças desentendido.
[...]
Porque o diabo aparece quando se espera,
Não te faças surpreendido.
Menos subliminar, mais zen e Nova Era,
Não finjas que foste iludido.
excerto de O Diabo in
NEM LHE TOCAVA, de Samuel Úria
Klein a atirar-se pela janela afora, atirar-se à vida, viver, testar, apostar, viver, morrer, arriscar, viver, morrer.
A linha é imaginária mas não deixa de existir, é mesmo?, queremos lá saber dela para alguma coisa, podíamos imaginar uma para nós... consumição? e depois tudo engatado e tal, pareceríamos/parecemos Um homem na sua concha, de Tchékhov.
Como se fosse um limite, um histórico, estilo currículo oculto mas social, mediático.
Ora, Rui Tavares, chegado a estrela, tornou-se, também, será inevitável?, um músico e um vendedor da banha da cobra. Nas últimas semanas tem cinicamente ironicamente ideologicamente tentado dizer tátá a Vasco Pulido Valente e tátá a Pacheco Pereira, estamos à espera que a vez de Manuel António Pina chegue. Já vimos isto por aqui, blogs, mas antes já tinha passado no National Geographic.
Por aquilo que se vai lendo pela net, blogs e outras páginas, dá para perceber que Rui Tavares está numa zona política da esquerda próxima de Louçã e também do grupo de amigos políticos e pessoais do primeiro ministro da república de Portugal, que, enfim, é o que é, e que parece que não se podem ver uns aos outros, com exepções. Diga-se que alguns desses amigos escrevem o que escrevem em blogs como o jugular, para mim, uma lixeira a céu cibernético aberto. Adiante.
Estava a juntar uma série de recortes de observações e notícias e comentários e assim para fazer mais um If you ever go to Houston mas de hoje não consigo passar sem dizer nada. Tem a ver com a crónica de Tavares hoje, 29/9/2010, no jornal Público intitulada O diabo está, nos detalhes onde o autor diz que já "há muito tempo que não tinha oportunidade de defender o primeiro ministro". Voilá. E vem defender o quê? O seu inglês numa universidade de Nova Iorque, e dizer mais uma vez a Pacheco Pereira e a Vasco Pulido Valente, supõe-se, que se vão embora, que nos deixe isto entregue a nós os iluminados dos iluminados, os irrepreensíveis, os imaculados.
Vejamos agora a maluquice: Tavares para defender o inglês do primeiro ministro da república de Portugal fala em: Ottavio di Camilo e Tristan Tzara e Picasso. Digam lá comigo, foda-se! Com todas as letras. Nem sei o que escrever a seguir. Uma pessoa fica, naturalmente, sem palavras.
Salazar aparecia metido no corpo de D. Afonso Henriques e assim mas...
Acho que a estrela Rui Tavares perdeu o chão, a linha imaginária e do salto de Klein regressou cheio de mazelas e adesivos. Mas não se preocupe, tudo voltará a ser como antes. Foi, apenas, um dia com momentos infelizes.
Você, por acaso, fez-me lembrar outra pessoa que escreve no jornal Público mas na secção de desporto, mais concretamente sobre futebol, que é uma das páginas mais engraçadas vs nojo do jornal; aquela gente, gentinha, tem ainda menos vergonha na cara do que algumas das suas crónicas: diz ele, Bruno Prata, que o grande beneficiado da má/péssima arbitragem no Vitória de Guimarães-S.L. Benfica foi o Guimarães. Ehehehehehe. Melhor do que o inimigo público, não é? Eheheheheh. E anda por aí a comentar jogos/lances de futebol na RTP e na TSF. E está no sítio certo, mais na sport tv. Ehehehehehehe. É a desvergonha quase total.
Então o Rui não percebe por que é que as pessoas falam do inglês do primeiro ministro? Não? Claro que não acreditamos. Não se arme em revisionista nem em sábio, ainda não tem idade para isso. As pessoas merecem ser bem tratadas, que andem com elas ao colo, que não gozem nem se aproveitem delas. Vocês, os dos gabinetes, já há muito que fundiram, como as lâmpadas. Olhe, já agora, Rui: maçonarias e essas merdas não combinam com a Democracia. Passe bem.
Dias assim todos temos.
posted by Luís Miguel Dias quarta-feira, setembro 29, 2010