quarta-feira, abril 21, 2010
Taganrog, Anton Tchékhov: 150 anos 150 posts (7/150)
LMD, fotografia de telemóvel do livro citado, 2010
"Era uma criatura muito boa, de escassa educação, e dada a calmas e persistentes repreensões, como de resto acontece a muitas criaturas da sua natureza. Inimiga feroz da servidão, costumava contar aos filhos as incríveis crueldades infligidas aos servos pelos senhores, e, como diria Miguel, «inspirou-nos amor e respeito por todos os menos afortunados do que nós».
[sobre Taganrog] As suas ruas centrais eram pavimentadas e ladeadas de árvores. Tinha dois grandes largos, nas imediações da casa de Tchekov, num dos quais havia um patíbulo com um poste preto destinado à flagelação dos presos. O suplício dos açoites podia ver-se das janelas da casa e estas cenas devem ter assustado Tchekov em criança. A mãe tinha muita pena dos condenados e passava o tempo a benzer-se enquanto os açoitavam."
David Magarshack (trad. João Gaspar Simões), Tchekov, Editorial Aster, Lisboa, 1960.
posted by Luís Miguel Dias quarta-feira, abril 21, 2010