A montanha mágica

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Taganrog, Anton Tchékhov: 150 anos 150 posts (2/150)




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"TCHEKOV nasceu a 16 de Janeiro de 1860 (o dia do santo de Tchekov, isto é, o santo do seu nome, é 17 de Janeiro. Como, na Rússia, se festeja o dia do santo e não o dia do nascimento, várias vezes tem havido confusões quanto à data exacta do nascimento do escritor, que alguns biógrafos dão como sendo 17 de Janeiro.

Seu avô, Iegor Mikailovitch Tchek (o apelido de Tchekov começou apenas a ser usado pela família quando esta deixou a aldeia natal de Olkovatka na província de Veronez), foi servo do general Tchertkov, rico proprietário e pai de um dos mais queridos discípulos de Tolstoi. Iegor era um homem muito supersticioso, uma espécie de excêntrico e segundo a caracterização de Tchekov, «um feroz sustentáculo da servidão». Era também hábil administrador, e na altura em que os filhos se fizeram homens já ele economizara dinheiro bastante para comprar a sua própria alforria, a da mulher e a de três filhos por 3.500 rublos, enorme soma nesse tempo. As economias que juntara não chegavam, todavia, para comprar a alforria da única filha e pediu a Tchertkov que a não vendesse até ele poder juntar mais 700 rublos. «Não faz mal», respondeu Tchertkov, «eu conto-a também».

Iegor Tchekov realizou as ambições que tinha, dando aos filhos a melhor posição social do que a de simples servos livres. O filho mais velho, Miguel, foi de aprendiz para um encadernador de Kaluga; o do meio, Pavel, o pai de Tchekov, para o estabelecimento de um dos mais ricos lojistas de Taganrog, o primeiro da cidade nesse tempo; e o mais novo, Mitrofan, para a loja de ouro abastado comerciante de Rostov. Pavel teve de suportar a árdua e humilhante tarefa, habitual entre os marçanos daquele tempo, quando as lojas estavam abertas das cinco da manhã às onze da noite e os castigos corporais, as más refeições, as duvidosas tarefas morais, e as constantes lisonjas aos fregueses, eram consideradas norma na comunidade mercantil."


David Magarshack (trad. João Gaspar Simões), Tchekov, Editorial Aster, Lisboa, 1960.


posted by Luís Miguel Dias sexta-feira, fevereiro 26, 2010

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São horas, Senhor. O Verão alongou-se muito.
Pousa sobre os relógios de sol as tuas sombras
E larga os ventos por sobre as campinas.


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