quinta-feira, janeiro 28, 2010
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"Colecção: Documenta Poetica
Ano de edição: 2010 / Tema, classificação: Poesia
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada
N.º de páginas: 96
Entre 1803 e 1805, ao que tudo indica e tanto quanto é possível determinar aproximadamente uma data, Friedrich Hölderlin traduziu e intitulou nove fragmentos de Píndaro, juntando a cada uma das peças um comentário em prosa.
Estes textos, conhecidos como os Fragmentos de Píndaro—em algumas edições designados também por «comentários» ou «anotações»—são considerados não apenas como o último trabalho do longo percurso de Hölderlin como tradutor, masmuitas vezes também como a sua última «obra», intencional ou sistemática, antes do início do segundo período da sua vida em Tübingen, que se estende de 1806 a 1843.
Pela concisão cortante da sua forma e pela força da reflexão lapidar que contêm, os Fragmentos de Píndaro constituem um objecto insólito e propriamente inclassificável no conjunto de tudo o que Hölderlin escreveu. Mas representam também um ponto culminante no seu confronto com a questão obsessiva e fundamental da relação do poeta moderno com a sombra, tão insuperável quanto incontornável, da Antiguidade.
Texto: Paulo Pires do Vale
Colecção: Arte e Produção
Ano de edição: 2010 / Tema, classificação: Arte Contemporânea
Formato e acabamento: 16 x 23,5 cm, edição brochada
N.º de páginas: 112 pp.
Debret é o resultado de uma interpretação da relação social entre brancos e negros, portugueses e africanos, senhores e escravos no Brasil do século XIX.
Esta interpretação parte da obra do pintor Jean-Baptiste Debret, artista francês, que chegou ao Brasil juntamente com a missão francesa a convite do Príncipe Regente D. João VI, no início do século XIX e demonstrou a sua paixão pelo Brasil através de pinturas, aguarelas, desenhos e gravuras, permitindo deste modo elaborar uma visão histórica, política, cultural e social do Brasil dessa época.
A interpretação resulta em 15 esculturas. Cada uma destas resulta da combinação de quatro elementos distintos: mesas, ovos, figuras e citações do Padre António Vieira. As figuras retratam acções entre brancos e negros reveladoras da relação sexual e social dos mesmos. A inserção destas figuras em ovos (de modo paralelo ao que acontece nos ovos de Fabergé) deslumbra uma face mecânica, imperialista e despótica de onde, também, resultou a criação de uma nova raça (mulata). A associação de tudo isto com as citações do Padre António Vieira (escritas nas mesas) leva-nos a uma releitura que se insere num discurso pós-colonialista, período em que vivemos actualmente."
posted by Luís Miguel Dias quinta-feira, janeiro 28, 2010