um destes dias comprei uma revista de viagens, por 3,80 euros, porque ofereciam, logo ali, o Dead Man, de Jim Jarmusch, Homem Morto, em português
Só num deserto de suplementos literários, suplemento, de jornais é que o ípsilon continua a ser legível, exceptuando-se o que por lá escrevem três ou quatro pessoas, que é o motivo pelo qual o continuo a folhear e a ler, e três ou quatro já é muito bom, dirão, parece.
A começar pelas capas, que têm sido de uma miséria, ai, aquela de Chico Buarque cheirou a trintona a mandar que a capa seja assim e mais nada. Esta semana tantas capas possíveis, apenas em dois filmes tão grandes. Quase a passar ao lado de uma obra prima de Jarmusch... O filme às voltas dentro da cabeça, deixou-me siderado.
São esses dois filmes que aqui me trazem, para dizer que Luís Miguel Oliveira, mais uma vez, nos brinda com dois excelentes textos. É preciso agradecer, e agradeço, obrigado, a crítica teve utilidade para si? Sim Não. Sim.
Importo, no entanto, de outro blog, convidado do público, de rerum natura, esta prosa
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para poder fazer um comentário à conversa que Luís Miguel Oliveira teve com James Gray: a dado passo da pergunta e da resposta:
Acho que Gray não continua a fazer um retrato de uma cultura muito particular, claro que sim, mas não é esse o ponto, ele continua é a contar histórias universais, dentro da sua cultura, o.k., mas o que se deve destacar é a sua universalidade, a sua intemporalidade, é disso que se faz uma obra prima, entre outras coisas, que possamos dizer que ele conta a nossa história, que nos vejamos lá a nós, como bem sabe LMO.
Não me esqueço que no ano em que Colisão ganhou o oscar de melhor filme estava a ouvir rádio, antena 3, e lá alguém disse que aquela história só podia ser contada e filmada em LA, o que estou em desacordo profundo, pelas mesmas razões também.