sexta-feira, julho 25, 2008
1. Impressiona, já não impressiona mas aqui fica bem, ver e ouvir a quantidade de comentários descontentes com a actuação de Bob Dylan, ou actuações, em Portugal.
Que não fala.
Que não condescende.
Que não dá treta.
Que se mantém naquela pose.
Mesmo assim, aqueles que escrevem ou dizem balelas destas estão a um passo da rendição, de se atirar de encontro às grades de segurança com a mesma vontade que Rossi se atira para os braços da sua equipa no fim de mais uma vitória.
E Dylan sabe. Por isso.
Aliás: se Dylan dissesse aquilo que Cohen disse no sábado..., duas ou três considerações em diálogo com o público, sim? Ui.
Sobre o concerto de Cohen? Ah, foi o concerto que nunca mais vai passar.
2. Era quase tão certo como certo.
Não percebi dois ou três apontamentos de João Bonifácio sobre Cohen, ainda que goste de ler o que escreve sobre música: na sexta e na segunda. E então ia-me lembrando de algumas notas que fui lendo por aqui e por alí acerca do concerto de Tom Waits em San Sebastián. Mesmo assim achava que não.
Ainda que perceba que o que foi dito e escrito na sexta mais não seja de que um grande elogio. Ainda assim, termina mal, muito mal.
Como mal começa na segunda lá com as três estrelas e meia.
Quando cheguei a Algés, uma hora mais tarde do que previa, a primeira imagem que vi foram duas: a primeira aquelas pessoas todas no Central Park de geleiras e tal para assistirem ao concerto de Paul Simon and Art Garfunkel, quando abria aquele disco duplo costumava olhar muito para as pessoas que estavam lá; a segunda tem a ver com os cortinados que me levaram logo para Lynch. E foi como se fizesse todo o sentido. Ora, aqueles arranjos não são à casino são, isso sim, a club silencio, mas ao contrário.
Estrelas?
3. O mais chato é quando a felicidade passa por nós e não nos apercebemos.
posted by Luís Miguel Dias sexta-feira, julho 25, 2008