sexta-feira, fevereiro 08, 2008
O concerto de Ebony Bones no theatro circo em Braga terá de ficar para a história, da casa, por algumas razões: três delas: a hora do concerto, 23h59, parece não querer dizer nada mas quer; o concerto e os trinta e poucos minutos de duração; nunca tinha ouvido ninguém fazer as contas ao preço por minuto de um concerto, neste ouvi: parece que foram 40 cêntimos. Memorável.
Do texto de Vítor Belanciano, do ípsilon da semana passada: "Os meus pais deram-me o nome de Ebony em homenagem à sua canção preferida, ´Ebony and ivory` de Paul MacCartney e Stevie Wonder. É estranho. É uma canção de morrer a rir."
Alí ao lado, 1289 metros para nascente, mais meio metro menos meio metro, Blonde de Joyce Carol Oates a sete euros. Ora, sete euros a dividir por 613 páginas... Tenho um amigo que tem um supermercado e quando lá vou comprar algum produto e me apronto para pagar remata ele: barato, muito barato, tu nunca conseguirias fazer o que levas aí pelo preço que levas.
Ao acaso, 215: "Quem é a loura? quem é a loura? a loura?
As vozes eram de homens. A maior parte do público que assistia à projecção do filme era constituído por homens.
A loura, a «sobrinha» do Calhern -- quem é?
A loura bem feita, vestida de branco -- como é que se chama?
A loura sexy -- quem é?"
Gostei muito dos textos de Luís Miguel Oliveira, no ípsilon, sobre The Darjeeling Limited, Sweeney Todd e No Vale de Elah. E sobre Jesse James também, apenas acho que o western não é um género nem um tema mas sim um imaginário. Mas também deve haver poucas coisas mais difíceis do que falar sobre westerns, ou o western. Pode parecer simples mas se partirmos do princípio que todos os filmes podem ser um western parece-me que fica um pouco mais difícil. Quando não são silvos de chumbo são silvos de palavras.
posted by Luís Miguel Dias sexta-feira, fevereiro 08, 2008