A montanha mágica

segunda-feira, setembro 05, 2005

Blogsportime





Senninha



Ora bem vamos lá ver se consigo escrevinhar umas linhas sem dizer absolutamente nada apenas juntar palavras umas às outras com um space de intervalo e construir frases sem qualquer tipo de interesse e agora estou a pensar no que devo escrever a seguir para prolongar este parágrafo que me parece interminável e ainda vai tão curto devido à absoluta falta de ideias para o continuar o que até parece um paradoxo mas não é porque este deve continuar mesmo que nada tenha para dizer e é mesmo irritante mas não posso deixar de o fazer mesmo outra vez que lhes pareça que quem nada tem para dizer deve calar-se para não dizer asneiras e fazer fraca figura logo aqui onde há sempre quem esteja pronto para usar as matracas também outra vez e quando acharem que este parágrafo já está muito confuso ou é muito pobre e não se percebe nada então é porque devo passar ao que aqui me traz por isso não julguem que isto é fácil porque no mínimo é absurdo mas o que é que se lhe há-de fazer é a vida e estavas melhor quietinho isto sou eu a dizer a mim próprio.

No US Open: aquele que tem o nome do uísque que Bob foi promover a um lugar estranho -só a pronúncia é que é diferente- proporcionou até agora o melhor jogo do open. Claro que isto é só a minha opinião. O ténis puro, mágico, andou ali à solta. Se calhar -se calhar, repito- é a melhor forma de defrontar Federer. Isto é: já está perdido e já por isso vamos lá que se faz tarde. Por que é que dizes isso? Olha: lê e vê: The No. 1-ranked Federer has now only lost one set in his last nine Grand Slam matches. E a Nicole estava lá. Não é importante? Quem é que diz que não é? Estava a ver!
Daqui a poucos minutos começa o jogo do dia: Blake v Nadal. Ainda volto aqui. Três horas depois: fantástico, fantástico jogo. Venceu Blake. Venceu bem. Está muito, muito forte. E ver o Flashing Meadows assim. Flashing Meadows: nome que me fascina desde há muito, muito. Grande, grande jogo. Não sei, olhem: amanhã deve dar de novo, repetido, por isso gravem. A sério. Juro.
E depois assistimos a jogos como o de Sanguinetti v Srichaphan. Pectáculo. Grande duelo. Durou 4h e 24m. Foi no Louis Armstrong.

Ainda que muitíssimo atrasado -vejam lá: o sampo ainda estava na forja, de Helsínquia, claro! devia ter vergonha, eu sei, mas...- obrigado cara Charlotte. Mais recente: agradecer também a Eduardo Pitta.

Depois abro o nytimes.com e lá está: Why Is This Man Smiling? ...he said, adding that he has just about finished a new piece, which he called "a very long story, 90 pages or so, and very dark." Pressed to describe it further he said: "That's it - 90 dark pages." Não deixem de passar por aqui melhor pelo Audio Reading.

Há uma hora atrás li no Público que Veneza vai ver o novo de Kitano. Takeshi`s. Maravilha, não?

Por falar nisso: viram A Ilha? Jordan Two-Delta. Sabes o que diz Houellebecq sobre James Joyce e Nabokov? Se calhar -hoje estou para o se calhar- já me convenceu a não comprar nenhum dos seus livro. Por que é que dizes isso? Por ele dizer que esses consagrados são medíocres? Respondo-te assim: esses? consagrados? conheces aquele provérbio: ________________________________________________________________? Conheço. É isso.

Gostava de perceber o que são os erros não forçados, no ténis? Não é a explicação pela explicação. Não. Erro não forçado? Não compreendo. Vejamos: um exemplo: no jogo de Sanguinetti v Srichaphan a partir de quando e como e aonde é que encontramos ou procuramos o erro não forçado? Mas pode ser noutro qualquer. Adiante, que se faz tarde.

Uma pessoa vai e compra os dois episódios de Tom Sawyer, esse dvd que aparece por aí anunciado a 2,99 euros. Nem Tom, nem Huck, nem tia Polly, nem... não é nenhum deles que ali está. Nenhum. Em imagem sim mas a voz, meu Deus, a voz... Stop. Eject.

Sobre a Vuelta não vou dizer nada. Nada. Não tenho visto.

Montoya venceu mas quem ganhou foi Alonso.

Camelias fragantes

E agora começou a chover. Siga.

Uma vez escrevi, nestes blogsportime, que determinados atletas, quando em competição, são como versos de Homero. Sim. Pois: tal como o poeta tenta esconder o máximo possível o que quer dizer, de uma forma excelsa, também o futebolista até ao momento fulgurante do golo tenta o mesmo, para onde irá a bola? aonde está o esférico? (lembram-se?) até com a mão de Deus; tal como o tenista -qual archeiro- que esconde ao máximo o movimento da pancada, mesmo que o chão seja o limite; tal como o piloto que tenta ultrapassar de surpresa o outro -aqui de alguns exemplos o exemplo maior, para mim: Nigel Mansel a tentar passar Ayrton Senna durante seis ou sete voltas, com os dois carros colados um ao outro, no Mónaco, há uns anos atrás-; tal como o jogador de basquetebol que raramente denuncia se vai atirar de dentro, de fora, voar ou bailar ou afundar -leia-se: Michael Jordan-; tal como o jogador de râguebi, qual leão enfurecido no encalço da sua presa, se decide a um ensaio ainda a cinquenta metros da linha de fundo, depois de ter dançado e intimidado o adversário, no princípio; tal como o ciclista que com um esgar de dor estampado no rosto faz da montanha uma leve ondulação, por ter braços fortes; tal como o vindimador... Vindimador?

Naquele tempo, de manhãzinha, ainda o sol esbracejava, naqueles dias, havia festa na aldeia. Nas aldeias. Nos primeiros dias de Setembro. Debaixo daquela luz. A escolha do escadote, das tesouras e da cesta era crucial. Andar todo o dia a dizer que foi o primeiro a chegar e que por isso estava mais cansado logo um dos melhores lugares à mesa era fundamental. Isto nos adultos. E quando a cesta estava cheia? Porque é que acham que o vindimador está no parágrafo de cima? Cantava, gritava, entoava: torna, torna, torna. Ou: cesta, cesta, cesta. Ou: uvas, uvas, uvas. E lá vinham, as mulheres, despejá-las no cesto que depois levavam à cabeça até ao relador que estava estrategicamente colocado no lagar. Discutia-se ainda, é uma forma de dizer, quem era o melhor dos mais fracos e o mais fraco dos melhores. E não é a mesma coisa.

posted by Luís Miguel Dias segunda-feira, setembro 05, 2005

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São horas, Senhor. O Verão alongou-se muito.
Pousa sobre os relógios de sol as tuas sombras
E larga os ventos por sobre as campinas.


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