domingo, agosto 28, 2005
Não percebo por que é que os entendidos comentadores e relatadores do -sim, é do, não é engano, não, do- futebol fazem tanta chacota dos guarda-redes que por vezes deixam entrar alguns frangos -chamemos-lhes assim, já jargão antigo-, baliza adentro. Percebo, isso sim, que os adeptos, simpatizantes e mesmo -mesmo eles- os sócios dos clubes destes guarda-redes possam ficar chateados. Percebo, mas não muito. É um bailado entre a bola e o guardador das redes. Já olharam para os movimentos dos guarda-redes, quando os deixam entrar, ou durante o lance? São lindos! É fodido, mas são bonitos. Já viram quantos frangos -do jargão- cometem esses comentadores e relatadores por cada 2 minutos e 42 segundos? Muitos deles se tentassem pontapear uma bola com o pé direito de certeza -tal é a assertividade, é!- que pontapeavam o pé contrário, e vice-versa. Mas claro que todos podemos e devemos opinar. Claro. Não pretendo fazer a figura do outro. Sim. Não, digo.
Conclusão: não foi por Baía ter deixado entrar aquele peru no estádio da luz o ano passado que deixou de ser o melhor português na sua posição. E alguns comentadores e relatadores e jornalistas juntaram-se a ele, à mesa. Deleitem-se e deixem-se estar calados. Já agora: lembram-se do guardador das redes da selecção brasileira de 82? Não venham com tretas!
É um erro olhar para a História com os olhos que temos hoje. Sem dúvida. Seja a mais recente ou a mais antiga. Paleolítico. Neolítico. Metais. Pré-Clássica. Clássica. Média. Moderna. Contemporânea. Pós 9/11. Sem dúvida. Mas... -há sempre um mas, ou pode haver- lembram-se das eleições presidenciais de 86? Claro que sim. E das imagens da campanha? Dentro de um autocarro a mandar o Polícia ou o GNR, não me recordo, ir embora que não fazia falta ali? E a tv lá estava. E todas aquelas pessoas a aplaudir. E de outros episódios como este? E para que falas nisso agora e aqui? Não sabes que isso é política? É o quê? E Portugal?
Neste momento, não é bem neste, neste, foi há 12 segundos atrás, Del Horno marca pelo Chelsea, na baliza do Tottenham. Mas do que quero falar é do frente a frente entre Essien e Davids. Este já só faz quase uso da manha. Do que aprendeu em Itália. Essien esse sim, saiu do Tanztheater Wuppertal.
Temos acesso a tantos canais de tv e nenhum deles dá o programa de Kitano .
Agora usa-se dizer: o jogador x ou y empresta à equipa mais velocidade, ou técnica, ou altura, ou mais! Empresta? Empresta? Cruzes! Não empresta. Dá. Dá.
David Eugene Edwards pôs as pessoas que estavam no recinto principal do festival em silêncio, já o sol tinha tombado, ainda antes do manto da noite. Perguntou-nos se podíamos falar daqueles temas ali, naquele momento. Se fazia sentido. Pediu, de uma forma veemente, para olharmos para o céu. Look! Look! E mirava-nos. Look! Look! E mirava-nos. Vejam, olhem, olhem, não querem ver? disse. Vejam o que se está a passar. Olhem. Disse-nos que o céu era tão longe e o inferno logo ali. Que tínhamos medo. Que cada um de nós ________________________________________________________.
La Vuelta, a da camisola dourada, dourada!, eh, eh, mais vale a nossa pequenez: começou hoje -mas quando aqui chegarem devem substituir hoje por ontem- e os franceses (Armstrong! Armstrong! Armstrong! Que infantilidade dizer assim, dessa forma, três vezes seguidas com ponto de exclamação no fim Armstrong! Armstrong! Armstrong!) têem maus fígados. Não perceberam nada. Nada. Com umas matracas e tal... Muito maus, muito mau. Perceberam, isso sim -ainda que tardiamente-, que haver outro a ganhar sete vezes seguidas é quase impossível. E mais difícil deverá ser ser francês. É a vida. Não, é a vidinha.
Bekele bate o recorde dos 10.000. Antes: 26:20.31. Novo: 26:17.53. Foi em Bruxelas. Ontem (aqui substituem ontem por anteontem).
Costumam ver o Nickelodeon?
Valentino, the doctor: outro que saiu de Wuppertal. Loeb: viram-no no meio daquelas propriedades privadas, pejadas de vinhas, na Alemanha?
US Open: começa amanhã e acaba a 11 de Setembro. Acho que Sharapova já se converteu aos calções Myskina. Seguirei o Open. Estarei atento.
E sobre futebol, e o teu Benfica, não falas? Falo. Claro. Olha: enquanto Petit e Simão forem os donos da maior parte das quotas da equipa que se atrapalha no relvado não vamos longe. Já viram de onde é que Petit chuta à baliza? E ninguém lhe diz nada? Parece estar sempre a sufocar. Digam-lhe para ter calma. Sentem-no. Obriguem-no a ver vídeos de Makelele e Essien, ou que vá olhando para Manuel Fernandes. Mas um dos maiores problemas é estar na Liga dos Campeões. É. Chega.
posted by Luís Miguel Dias domingo, agosto 28, 2005