segunda-feira, agosto 15, 2005
Ilmatar (a Deusa do Ar) desce à água e torna-se mãe das águas. Uma negrinha põe ovos no seu joelho. Os ovos partem-se e dos pedaços forma-se o mundo. Väinämöinen nasce da mãe das águas. Sampsa Pellervoinen semeia árvores. Uma árvore cresce tanto que esconde o Sol e a Lua. Do mar emerge um pequeno homem que abate o carvalho. O Sol e a Lua podem brilhar novamente.
Oitavo dia: Tirunesh Dibaba -In Amharaic, Tirunesh means "you are good"- vence os 5000 depois de ter vencido os 10000. Que grande atleta! As etíopes fizeram o pleno, até ao quarto. Tem dezanove anos. A forma como ela sprint para as vitórias depois de ter corrido 9600 e 4600! É impressionante! A sua irmã, Elegeyehu Dibaba, ficou em terceiro.
Nos 4x100 os fraceses venceram. Os americanos dos Estados Unidos não se qualificaram para a final, por causa de uma péssima passagem do testemunho, nas meias-finais.
Yuliya Pechonkina venceu nos 400 barreiras, 52.93, mas a forma como ela passa as barreiras é polémica. É. As americanas, dos Estados Unidos, Sandra Glover, de 36 anos, foi terceira e Lashinda Demus a segunda.
Dwight Phillips só fez um salto válido e não precisou de mais nenhum. 8.60 logo no primeiro e levou o ouro no comprimento. O ganês Ignisious Gaisah foi segundo com 8.34 e em terceiro, e a primeira medalha para a Finlândia, Tommi Evila com 8.25.
Nos 400x100 a equipa feminina dos Estados Unidos venceu, as jamaicanas em segundo e as bielorussas em terceiro, que grande prova a destas. Tempos, por ordem: 41.78, 41.99 e 42.56.
Para Jaouad Gharib a maratona, que não vi. He had built his form progressively. After 30 days in Khenifra, he moved up to Ifrane, at 1800m for three weeks, and then spent 24 days at 2000 metres, in Michlifen, best-know Atlas ski resort, some 30 kilometres from Ifrane. It is where his king skis, and it is where the king of the road prepared his lungs for the trick of disappearig into Finn air.
E nos 4x100 femininos? A equipa dos Estados Unidos é fantástica. F-a-n-t-á-s-t-i-c-a.
Neste momento vejo, na Fox, dois episódios -calma, um foi há duas horas o outro começou agora- cujos inícios foram, são: no primeiro um homem morre enquanto se masturba em frente do televisor, assiste a um filme pornográfico; no outro: o Pai Natal, de mota e a olhar para o lado para cumprimentar três crianças que o saudaram, bate de frente, em cheio, em plena aceleração, contra uma carrinha. No sete palmos, claro.
Helsinki athletics last day: no dardo feminino -o quê? à pois é!- Osleidys Menendez bateu o recorde do mundo, antes: 71.54. agora: 71.70. E foi bonito. E logo a seguir a alemã Christina Obergföll bate o recorde da Europa, agora: 70.03m. Antes: a marca anterior dela: 64.59m. E foi bonito. E foi a segunda de sempre, de sempre, a passar a barreira dos setenta metros, ouvi ou de Jorge ou de Luís Lopes. À pois é! Ponto.
Nos 4x400 os americanos dos Estados Unidos não deram hipóteses. Mas, sim?, mas se não fosse Jeremy Wariner o último estafeta se calhar, se calhar, aqui mais devagar, a leitura, tinha ido, o primeiro lugar, para as Bahamas. Sim, sim. Ponto.
Não sei mas Radcliffe ganhou a maratona. Não sei. Mas ganhou. E não vi. Ponto.
Ramzi venceu, categoricamente, os 800. Grande, grande atleta. Mas Rui Silca podia-lhe ter feito mais sombra, nos 1500. Podia. Creio. Ponto.
No salto em altura a vara estava enguiçada. Só um saltou 2,32. Logo, sagrou-se campeão do mundo. O seu nome? Yuriy Krymarenko. Stefan Holm desiludiu. Ponto.
As russas dos 4x400 deram um atesto nas concorrentes mais directas. As americanas dos Estados Unidos não estiveram presentes. Os americanos e o problema de divã com os testemunhos. Com aquele cilindro metálico que devem passar uns aos outros, nas estafetas, durante a prova. Ponto.
Nos 1500 femininos problemas com uma das russas e Jamal. Ponto.
Deixemo-los com o sampo. Ponto.
Marjatta fica grávida de uma baga de arando. Nasce um menino na floresta, mas desaparece logo, até que é encontrado num pântano. Väinämöinen condena à morte o rapaz sem pai, mas ele levanta-se protestando contra a sentença. O rapaz é baptizado rei da Carélia. Väinämöinen desaparece num barco de cobre, profetizando que ainda lhe hão-de pedir que traga um novo "sampo" (engenho mágico), que faça brilhar um novo Sol e que toque uma nova música.
posted by Luís Miguel Dias segunda-feira, agosto 15, 2005