A montanha mágica

quinta-feira, maio 19, 2005

* Subsídios para uma melhor compreensão sócio-antropológica de um país inverosímil à face de qualquer lógica comum




Do capítulo: De putativa corruptionis


"Conclusão científica: Neste País não há favorecimentos; apenas um simpático sistema de catalisadores activos auxiliares da desburocratização, cujos são obviamente imprescindíveis ao bom funcionamento do próprio Sistema.




PREFÁCIO

Agradeço comovidamente a honra que me dá, ao convidar-me para fazer o prefácio da sua obra que, não duvido, pela extensão e pela notável apresentação muito digna me parece. Fiquei muito agradado. Muito obrigado pela escolha.
Verifiquei que os títulos dos capítulos eram todos em Latim, o que só prova que se trata de uma pessoa com muitos estudos e grandes capacidades.
Infelizmente só lancei os olhos pelos referidos títulos e não li o livro, pois apercebi-me logo que tinha havido um pequeno engano, a que, de resto, já estou habituado devido ao meu nome.
Com efeito, as pessoas ultimamente têm confundido a minha pessoa, ao que parece, com um senhor António Vitorino que era Comissário europeu e até já me telefonaram a pedir para legalizar o jardineiro do Sr. Engenheiro, que é ucraniano ilegal, como se eu tivesse competência para isso.
Sou, para seu mais completo esclarecimento, realmente António Vitorino, sim senhor, nado e criado em Almeida, mas não tenho nada que ver com esse senhor que até conheço da televisão, tal como também nada tenho que ver com o outro, o Maestro.
Eu sou um pobre reformado da Guarda Fiscal, trabalhei muitos anos na fronteira de Vilar Formoso, nos saudosos tempos do contrabando e cheguei um dia a dar uma entrevista para o Diário de Notícias em 1962, não sei se leu, com fotografia e tudo, a qual ainda guardo comigo.
Sempre que quiser a minha casa está às suas ordens e tenho todo o prazer em lhe mostrar Almeida, que é uma terra muito bonita, bem como a entrevista que recortei e tenho guardada na gaveta da cómoda, debaixo das peúgas.
A minha idade e falta de vista já não permite também estar presente no lançamento do livro do senhor Doutor, pelo que terá de desculpar-me mas, claro, sempre são oitenta e sete anos, a pensão da caixa é pequenina e, enfim, terá a bondade de compreender...
O outro senhor Maestro também gosto muito de o ouvir falar, embora quanto a mim use o cabelo muito comprido e despenteado. Mas parece ser muito boa pessoa, muito sabedor e divertido.
Sem mais assunto, agradeço o convite que infelizmente não posso satisfazer devido à bronquite e às cataratas - já tenho operação marcada para 5 de Novembro de 2017, se Deus quiser...- e por isso aceite os meus cumprimentos e admiração com votos de bom sucesso para o seu livro, deste que assina, com toda a admiração


António Vitorino, de Almeida"


Pedro Barroso, A história maravilhosa do País bimbo*, Edição Calidum, 2005.


posted by Luís Miguel Dias quinta-feira, maio 19, 2005

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São horas, Senhor. O Verão alongou-se muito.
Pousa sobre os relógios de sol as tuas sombras
E larga os ventos por sobre as campinas.


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