terça-feira, maio 24, 2005
Six Feet Under notes
"Ninguém tem culpa de nada. Você é linda" Como um raio. Início deslumbrante. "Tem calma, não sou o inimigo". Saberemos e conseguiremos nós, Anita e Claire, converter em palavras tudo aquilo que queremos transmitir? Bastará uma imagem? Às vezes, quase sempre ou quase nunca, não é preciso falarmos para nos entendermos. Mas quando alguém nos testa, avalia, temos de dizer algo. Nessa situação dificilmente conseguimos sustentar o silêncio. Mesmo que não faça muito sentido. Dirão: argumento interessante. Adiante. "Só és uma lenda na tua cabeça". "Duas se lhe der uma prenda". About nature? Oh Claire, Claire! Why new? Tu mesma respondeste. A chegada de Nate a casa de Brenda. A mãe de Brenda, agora namorada do antigo namorado do filho. O logotipo na testa. O sonho de Brenda. O último olhar de Claire.
Não concordo, cara Charlotte e caro Luís Carmelo, que os episódios estejam a ser mornos. O que me parece é que Alan Ball nos está a dar o tempo longo, aquele em que parece que nada acontece mas que prepara e cimenta situações futuras. Prepara o tempo curto. O dos acontecimentos marcantes. Aqueles que nos deixam sem ar. Aqueles que nos permitem entender o que é o tempo longo. Talvez o personality puzzle seja uma chave. Outra chave.
posted by Luís Miguel Dias terça-feira, maio 24, 2005