segunda-feira, novembro 17, 2003
do Mestre d`A Casa Encantada (8)
CINEMA E PINTURA IV
True Heart Susie, de David Wark Griffith (1919).
“Simplicidade como sinónimo de perfeição. TRUE HEART SUSIE é um dos filmes mais complexos de Griffith, entre o romance pastoril e o melodrama. A história de uma jovem que apoia na sombra o homem que ama, vendo este nela apenas uma amiga. Tom Cunning, um dos mais destacados críticos griffithianos, refere que TRUE HEART SUSIE representa, ao lado de BROKEN BLOSSOMS e WAY DOWN EAST, o máximo da depuração da obra de Griffith no que se refere à aproximação aos seres humanos. A abrir a sessão, um Griffith de 1909, também sobre uma história de amor mal-correspondido mas duradouro.” [Lines Of White On A Sullen Sea, de David Wark Griffith (1909).
A Morte Cansada, de Fritz Lang (1921).
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“O amor mais forte do que a morte. O filme que consagrou Fritz Lang é uma deslumbrante parábola sobre a vida, o amor e a morte. Uma jovem quer roubar o noivo à Morte que lhe impõe, como prova, proteger a luz de três velas que correspondem a outras tantas vidas em perigo. O último episódio é uma féerie oriental que influenciou Douglas Fairbanks para fazer o seu famoso THE THIEF OF BAGDAD.”
Nosferatu, Ein Symphonie Dês Grauens, de Friedrich W. Murnau (1922).
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“Quando chegou ao outro lado da ponte, os fantasmas vieram ao seu encontro ». Este célebre intertúlio de NOSFERATU abre as portas do cinema fantástico. A primeira e mais célebre adaptação do romance de Bram Stocker, Dracula e uma das máximas obras-primas da história do cinema.”
As Finanças do Grão-Duque, de Friedrich W. Murnau (1923).
“Lottte Eisner chamou-lhe um “filme menor” na obra de Murnau, destacando apenas “uma certa autenticidade da arquitectura, a riqueza discreta dos cenários, construídos em Balbelsberg, e algumas profundidades de campo”. Mas por detrás da “frivolidade” desta comédia emerge uma amena crítica à vida de então na Alemanha e na Europa.”
Tartufo, de Friedrich W. Murnau (1925)
“A peça de Moliére serve de “revelador” ao refinamento que a hipocrisia toma quando alguém procura conquistar os favores de outro. O filme decorre nos tempos “modernos” (o da rodagem) e conta as manobras de um hipócrita que a representação da peça no palco vem pôr a claro, como a peça no interior de Hamlet revelava o crime do rei. O método de Murnau não terá sido bem compreendido e o filme foi um inesperado fracasso na sua carreira. Hoje, é unanimemente considerado um filme genial.
Almas Perversas (Scarlet Street), de Frtitz Lang (1945).
“ Segunda versão do famoso romance de La Fouchardière e a primeira incyrsão de Frtiz Lang na obra de Jean Renoir (o filme é um remake de LA CHIENNE). A história de um pintor que abandona a mulher e mata a amante num acesso de cólera e perde a sua faceta realista para se transformar numa sombria incursão pela culpa e o peso do destino, numa atmosfera de filme negro.”
in programação da cinemateca, Fevereiro de 2002.
posted by Luís Miguel Dias segunda-feira, novembro 17, 2003