A montanha mágica

sexta-feira, outubro 10, 2003

do Mestre d`A Casa Encantada (4)


CINEMA E PINTURA II


O Dia do Desespero de Manoel de Oliveira, (1992).





“Oliveira aproxima-se aqui dos últimos anos de vida de Camilo Castelo Branco, a partir de cartas do escritor, reflectindo os seus conflitos e dramas e a relação atormentada com Ana Plácida. Um dos filmes mais austeros de Oliveira, inteiramente filmado na casa de Camilo em São Miguel de Seide. Actores e retratos de actores; quadros e retratos de quadros; a imagem “in” e a imagem “off”. O que é que quer dizer representar? Por que é que o cinema e a pintura são artes tão diferentes?”


O Sol do Marmeleiro de Victor Erice, (1992).



“Um dos grandes filmes que o cinema dos anos 90 nos deu. Victor Erice, acompanha o pintor Antonio Lopez ao longo do processo de concepção de um quadro, partindo daí para uma reflexão não só sobre a pintura e o cinema, mas essencialmente sobre a sua relação com as coisas, com a natureza e os homens. Uma obra prima, absolutamente indispensável, do maior cineasta espanhol contemporâneo.”


An American Romance de King Vidor, (1944).



“AN AMERICAN ROMANCE deveria ter sido a parte central de uma trilogia idealizada por King Vidor. Depois da celebração da “terra” em OUR DAILY BREAD, Vidor queria “cantar” a odisseia do “aço”. O filme conta a história de um emigrante que se torna um magnate da produção de aço culminando (em plena guerra) com o voo de centenas de aviões rumo ao combate. Apesar de não corresponder ao projecto original (151 minutos foi cortado para 122) e de Vidor ter sido forçado a aceitar um actor que não queria (Brian Donlevy), o filme projecta uma força telúrica como só Vidor sabia captar. Chama-se AN AMERICAN ROMANCE. Talvez se devesse chamar AN AMERICAN PAINTING.”


“Cinco Mulheres à Volta de Utamaro” de Kenji Mizoguchi, (1946)



“Um dos grandes títulos da filmografia de Mizoguchi, UTAMARU… é um filme coral, assente nas relações entre cinco retratos femininos e o olhar de um observador privilegiado (o pintor setecentista Utamaru), que colhe nessas cinco mulheres a própria inspiração para a sua arte. Como escreveu o argumentista Yoshikata Yoda, o filme faz o auto-retrata de Mizoguchi a partir da figura de Utamaro. Uma cena célebre: Utamaro pintando a mulher nas de uma mulher nua. Quase tudo neste filme é abstracto, à força de ser concreto.”


A Caravana Perdida de John Ford, (1950).



“John Ford considerava WAGONMASTER o seu filme favorito. É o mais puro e íntimo dos seus westerns, despojado de efeitos e de vedetas, interpretado pela “família fordiana”. A odisseia de uma caravana de mormons em busca da terra prometida é celebração do esforço colectivo, tendo por quadro de fundo a paisagem fordiana por excelência: Monument Valley. Depois da pintura holandesa do século XVII, raramente se viu tamanha adequação entre retrato e o retratado.”


O Construtor de Anjos de Luís Noronha da Costa, (1978).

“Em O CONDUTOR DE ANJOS, num convento de frades, as crianças vão desaparecendo misteriosamente. Um filme belíssimo e singularíssimo na cinematografia portuguesa, raramente visto e que, até hoje, foi a última obra em cinema de Noronha da Costa.”


in programação da cinemateca, Dezembro de 2001.

posted by Luís Miguel Dias sexta-feira, outubro 10, 2003

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São horas, Senhor. O Verão alongou-se muito.
Pousa sobre os relógios de sol as tuas sombras
E larga os ventos por sobre as campinas.


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