quarta-feira, outubro 01, 2003
do Mestre d`A Casa Encantada (3)
CINEMA E PINTURA I
KUNDUN de Martin Scorsese, (1997).
"O filme mais discutido de Martin Scorsese. Um biopic do Dalai Lama (que colaborou directamente na escrita do argumento) que o cineasta utiliza como modo de reflexão sobre o destino individual e sobre o tema, afinal tão católico e tão scorseseano, do sacrifício. KUNDUN, entre o musical e o desenho animado, entre a coreografia e a composição pictórica, é o mais singular filme alguma vez assinado por Scorsese, e seguramente o mais bizarro filme que o maisnstream de Hollywood foi capaz de gerar nas últimas décadas."
BLADE RUNNER de Ridley Scott, (1982).
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"Uma visão do futuro marcada pelo pessimismo, sobre a cidade de Los Angeles, algures no século XXI. Apesar da proclamada filiação em METROPOLIS de Fritz Lang, BLADE RUNNER é exemplar da transformação da configuração da cidade no cinema e influenciou nitidamente filmes como BATMAN, BATMAN RETURNS e DICK TRACY. Um filme emblemático do fim da cidade racional substituída por uma cidade sem centro, caótica, imunda e etrnamente nocturna, sem forma."
A BUCKET OF BLOOD de Roger Corman, (1959).
"Um dos filmes de “culto” de Roger Corman que vai ser exibido pela primeira vez em Portugal. Dick Miller, actor “fetiche” de Corman, é empregado num bar beatnick, e possui ambições artísticas. Quando um dia empala acidentalmente um gato cobre o corpo do animal de cimento, acabando por ser confundido com uma escultura que torna o personagem famoso no seu meio, com as consequências que se esperam, nesta singular variação de HOUSE OF WAX."
O PLANETA DOS MACACOS de Tim Burton, (2001).
"A revisão de Tim Burton de PLANET OF THE APES não é só um delirante filme de aventuras, impecavelmente filmado. É também um enorme “comic” multicolorido, com reminiscências das grandes encenações de massas militares de um Kurosawa, por exemplo; e uma reflexão sobre um tema recorrente na obra de Burton, a irreconciliável diferença de naturezas que define a relação entre “nós” e os “outros”, entre o “eu” e o “mundo”. Nos tempos que atravessamos, convém também prestar atenção ao discurso político, que fala do carácter aleatório com que civilizações e religiões nascem e morrem."
(texto) in programação da cinemateca portuguesa museu do cinema, Novembro 2001.
posted by Luís Miguel Dias quarta-feira, outubro 01, 2003