A montanha mágica

sábado, setembro 20, 2003

FOTOGRAFIA


A partir de 27 de Setembro, o Centro Português de Fotografia, inaugurará na Cadeia da Relação do Porto, quatro novas exposições. A saber:

Mar Alto de Jean Gaumy





"Há uma imagem fotográfica que nos evoca a abertura das águas do Jordão no filme de Cecil B. De Mille. Um milésimo de segundo para tirar esta imagem, para captar o efeito, o arrepio. E é assim que atravessamos esta reportagem que não o é, sendo-o.
Não se trata de pedirmos recurso explicativo ao documentalismo subjectivo, estas imagens não cabem no que se quer entender. Sentem-se pela beleza inesperada, pela força da combinação de indícios, pela certeza de que é tudo novo, pela incómoda sensação de que estamos a olhar para uma história do mar que ninguém nos contou."


Porta do Paraíso, Manikarnika Ghat de Júlio de Matos



"A morte, neste Ocidente que tanto a teme, já foi considerada como o fundamento radical da humanidade consciente.
É a certeza da morte que faz erguer os edifícios da cultura do homem, no envolvimento da religião e do mito e nos seus efeitos que podem ser ciências ou filosofia. Foi a certeza da morte que fez traçar na terra as constelações do céu, viradas a Jerusalém ou a Meca, mas foi também a certeza da morte que nos fez substituir os deuses pelos objectos do homem.

Em tempo de contaminação de ideias e temores alheios, Júlio de Matos confrontou-se, no Ganges, com uma das mais tradicionais Portas do Paraíso – o cais de partida para outra vida, o lugar maior da cremação dos justos, na Índia."


Notícias do Mundo: A Selecção de John Pilger


RICE is the staple diet. But it is more than food to the Vietnamese – it is their purpose for existing. A symbiosis exists between the society's religious beliefs (its moral values) and its task of growing rice. To a Vietnamese, each meal has some of the significance that eating Communion bread has for a Catholic.
Philip Jones Griffiths no Vietnam [imagem que não deve fazer parte da exposição]

"O século XX foi o tempo das grandes reportagens fotográficas. Porque as reportagens crescem e dignificam-se com a guerra e o século XX também foi pródigo em guerras e violência.
E a guerra fez dos jornalistas, que se aproximavam das batalhas e dos objectivos militares mais do que era aconselhável, para guardar momentos que fariam história, heróis mais perduráveis do que o smomentos e os efeitos dos outros heróis que fotografavam. E assim se construíram mitos como Robert Capa ou W. Eugene Smith. Um mito requer pagamento de promessas e, tal como Larry Burrows, morto no Vietnam ou Gilles Caron no Camboja, Robert Capa pagou com a vida a notoriedade. Desde então a guerra continuou a ser o campo de batalha e de morte de muitos outros jornalistas."


Viagem aos Mares Boreais de Eduardo Lopes

"Entre 1951 e Janeiro de 1955 Eduardo Lopes, como praticante de piloto, (no “David Melgueiro”) e depois como imediato do “Gazela 1” e no “Bissaya Barreto” acompanhou a pesca bacalhoeira nos bancos da Terra Nova e na Gronelândia.
A exposição “Viagem aos Mares Boreais” é uma selecção de 80 imagens de entre centenas que então efectuou, e que até hoje permaneceram inéditas."
[não conseguimos qualquer imagem]

in cpf. convite.

posted by Luís Miguel Dias sábado, setembro 20, 2003

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São horas, Senhor. O Verão alongou-se muito.
Pousa sobre os relógios de sol as tuas sombras
E larga os ventos por sobre as campinas.


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