terça-feira, setembro 23, 2003
Do Mestre d`A Casa Encantada (2)
CINEMA E PINTURA I
OS MEUS LÁBIOS QUEIMAM de Roy Baker, (1952).
"Este é o filme em que pela primeira vez, Marilyn Monroe é cabeça de cartaz. Nesta adaptação de um conto de Charlotte Armstrong, especialista do thriller psicológico, Marilyn é uma jovem neurótica saída de uma clínica psiquiátrica e que julga ver em Widmark, que se encontra no mesmo hotel, o noivo perdido na guerra, e sofre um colapso que a empurra para uma situação dramática."
LOS OLVIDADOS de Luís Buñuel, (1950).
"Luís Buñuel definiu LOS OLVIDADOS como “um filme de luta social”, mas, para além da denúncia da sordidez ee da miséria da vida nos bairros de lata de Cidade do México, reproduz igualmente todo o imaginário onírico e erótico do realizador, sublinhando as suas origens surrealistas (as fabulosas sequências do sonho de Jaibo, o leite nas penas de Meche). O filme, intenso e cruel, fez sensação no festival de Cannes e relançou a carreira de Buñuel (aos 50 anos). Trata-se de uma das suas obras primas absolutas."
O FANTASMA DA ÓPERA de Rupert Julian, (1925).
"Adaptado do romance de Gaston Leroux, THE PHANTOM OF THE OPERA é o filme que consagrou o actor Lon Chaney na espantosa criação do infeliz compositor desfigurado num incêndio e que se refugia nas catacumbas de Paris sob a Ópera, de onde vai a carriera de uma cantora por quem se apaixona. O delírio da paixão encontra correspondência nos estranhos cenários onde vive o “fantasma”, cujo rosto impressionante (uma das imagens mais famosas do cinema) foi conseguido com uma maquilhagem muito simples e a força expressiva do actor."
LA PIEUVRE de Jean Painlevé, (1928).
La Pieuvre / The Octopus
"Primeiro filme de Jean Painlevé (1902-1989), filho do matemático e político Paul Painlevé, e que se especializou do documentário político científico, em particular em filmes sobre a fauna submarina de que LA PIEUVRE é um sugestivo exemplo, e também das suas técnicas. A sua obra é marcada pelo experimentalismo e ple afantasia que a incluiu dentro da vanguada artística e os surrealistas apreciaram muito alguns dos seus trabalhos."
LES MAITRES FOUS de Jean Rouch (1954).
"LES MAITRES FOUS é um documentário sobre uma cerimónia religiosa constituída por rituais de possessão colectiva da seita dos Haukas, a que se entregam emigrantes nigerianos nos arredores de Acra. “Jean Rouch, sem trucagens, com uma neutralidade expressiva próxima de Buñuel de LAS HURDES, oferece-nos um documento sociológico que envia para qualquer Biblioteca Cor de Rosa os filmes de horros mais terrificantes” (Claude Beylie, Cahiers du Cinema)."
posted by Luís Miguel Dias terça-feira, setembro 23, 2003