A montanha mágica

sábado, julho 05, 2003

MOLESKINE

Entre os dias 5 de Abril e 30 de Junho, de 2002, no Museu Nacional de Soares dos Reis , esteve presente a seguinte exposição.


PASSATEMPO EM PORTUGAL OU UMA VISITA AOS CONVENTOS DE FREIRAS
Grã-Bretanha, 1811, 1 Abril, Atribuída a Thomas Rowlandson (1756-1827), água-forte, aguarelada a core.
(...) reporta-nos a certa campanha do partido liberal inglês, contra a guerra e seu gasto inútil, sem alcançar resultados compensadores... e até contra a
inércia do comando em Portugal. O período ofensivo já estava em curso, mas a grande expectativa de Wellington ainda estava por confirmar:
Passatempo em Portugal ou uma visita aos conventos de freiras, tem como intenção política os lazeres de um exército de ocupação ocioso. Um oficial
inglês, acompanhado por um velho janota, fala nas grades do parlatório, com umas freiras jovens e gentis... A presença respeitável de uma freira
idosa não retira as intenções galantes à cena.

"Estampa e Caricatura Política Estrangeira Sobre Portugal - A Doação Rau

A exposição “Estampa e caricatura política estrangeira sobre Portugal. A doação Rau” que foi inicialmente organizada e apresentada no Museu Nacional de Arte Antiga teve origem na doação do Dr. Fernando Rau a este Museu de uma importante colecção de gravuras humorísticas e satíricas, estrangeiras, sobre Portugal.
Nela se mostra o núcleo mais notável desta colecção com peças dos séculos XVIII ao XIX. Assim, ao longo de 123 gravuras vemos evoluir acontecimentos da história de Portugal tal como foram comentados, ilustrados e, a maior parte das vezes, satirizados por desenhadores estrangeiros durante um período de mais de 100 anos, entre cerca de 1722 e 1848. Temas como a Inquisição, o atentado contra D. José I, o processo dos Távoras e a expulsão dos Jesuítas, as invasões francesas ou as lutas entre liberais e miguelistas e os reflexos internacionais destes mesmos acontecimentos aparecem largamente referidos, possibilitando ao público actual a percepção de uma outra dimensão mais humorística de acontecimentos tantas vezes dramáticos da história nacional, observados a partir do exterior. Grandes ilustradores como os ingleses James Gillray, Isaac Cruikshank, Thomas Rowlandson, William Heath ou os franceses Jean Grandville e Honoré Daumier, assinam muitas destas gravuras.
A exposição é acompanhada por um catálogo que tem como coluna vertebral um texto pré-existente: o estudo que o Dr. Fernando Rau havia deixado inédito, há cerca de trinta anos, sobre o tema da estampa e caricatura política estrangeira sobre Portugal, e que agora pela primeira vez se publica. O catálogo, integra igualmente um estudo sobre a figura de Fernando Rau e vários outros onde se faz a contextualização da génese da estampa política enquanto género e sobre os períodos históricos abrangidos.
Texto Adaptado”



DIA DA CORTE NO RIO
Grã-Bretanha, (c. 1816), Autor desconhecido, Litografia aguarelada a cores.
(...) representa um beija-mão no Rio de Janeiro, vendo-se, a receber os visitantes, D. João VI e Carlota Joaquina com os príncipes a seu lado. Lá
estão os militares, três frades (e um gordo bem característico), uns civis mal ajeitados, entrando en fila indiana. Há certas cabeças disformes,
animalescas...



CORAGEM, BRAVOS ESTRANGEIROS! BATEI-VOS BEM E A VITÓRIA
SERÁ MINHA

França, (1830), Atribuída a Honoré Daumier (1808-1879); litografia de Becquet, litografia a cores, retocada a verniz
Caricatura anónima atribuível a Daumier, representa D. Pedro, abrigado por detrás de uma parede de pedras, incitando os que combatem pela sua
causa. Coragem, bravos estangeiros! Batei-vos bem e a vitória será minha. Um corvo e um rato sáo os seus mais próximos companheiros. Ao fundo,
luta a cavalaria, enquanto à esquerda a infantaria avança em formação de combate.



KSSSSE!...KSSSSE! KSSSSE!
(ESTES DOIS CAPÕES NUNCA FARÃO MUITO MAL UM AO OUTRO)

França, sem data, Autor Honoré Daumier (1808-1879); litografia de Becquet, litografia impressa a cores.
Luís Filipe, representando o espírito liberal, está face a face com Nicolau da Rússia, representando a reaccionária Santa Aliança, “Tentam lançar um contra o outro os dois heróis de Portugal, que até ao presente se contentam em observar-se mutuamente, guardando prudentemente as respectivas
posições. É debalde que os seus mentores procuram excitá-los: Ksssse! Pedro...Ksssse! … Kssse! Kssse! Miguel. Os dois campeões não se movem senão para trás e parecem responder que a prudência é o lado mais belo da coragem”.



A ÚLTIMA CEIFA, OU CEGADORES INGLESES FAZENDO COLHEITAS FRANCESAS
Grã- Bretanha, 1808, Setembro
Autor desconhecido, água-forte, aguarelada a cores.
Numa cena “que se espera tenha tenha acontecido perto de Lisboa”, representa-se Wellesley em primeiro plano, cortando o rabicho a Junot após
a batalha do Vimeiro. Mais ao fundo, os soldados ingleses fazem o mesmo aos franceses em fuga. Um canhão dispara sobre outro grupo, que foge em
direcção ao mar, voando algumas cabeças. Aos pés de Junot está uma suposta ordem de Napoleão:”General Junot, chicoteia esses rabos de ingleses - Buna-parte”. Junot exclama: “Ah meu Deus, cortou-me o rabo (“tail “ em inglês confunde-me com “tale”, que significa “história”, como quem diz “cortou-me a carreira”).



DOM MIGUEL NO BANHO – “AINDA MAIS”
França, (1830 NŽ95), Litografia de Mendouze, Litografia a cores.
Contra o irmão, Dom Miguel no Banho, representando o rei absoluto mergulhado numa banheira de sangue. E acentuando a exigência sanguinária da legenda: “Ainda mais”, há duas grandes selhas trazidas por dois acólitos, e ao fundo, numa cena de matança com decapitação e vítimas, mais sangue ainda jorrando dos seus corpos
.



A UTILIDADE DAS SAIAS
França, sem data, Autor Cham - Amedée-Charles-Henri, conde de Noé, dito (1819-1879);litografia de Aubert, litografia a cores, retocada a verni
Enquanto se afundam os reis de Nápoles, da Sardenha e da Áustria, as rainhas Vitória e Inglaterra. com o Príncipe de Gales ao colo, Isabel de
Espanha tocando castanholas, e Maria II de Portugal conseguem flutuar com as suas saias-balão, na “Escola de Natação Monárquica”

in www.mnsr.pt

posted by Luís Miguel Dias sábado, julho 05, 2003

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São horas, Senhor. O Verão alongou-se muito.
Pousa sobre os relógios de sol as tuas sombras
E larga os ventos por sobre as campinas.


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