domingo, julho 06, 2003
MAGIA NO AR
Há semanas assim.
Ao longo desta semana, a “magia” manifestar-se-á, por certo, um pouco por muitos lados, contudo queremos aqui registar dois momentos:
1) na segunda-feira, começa na RTP 2, um ciclo de cinema semanal dedicado a Takeshi Kitano. Ora acontece que, este ciclo antecipa a estreia de uma obra-prima (diz quem já viu) deste mesmo realizador, na sexta-feira nos cinemas portugueses. Qual é o filme? DOLLS.
Aqui ficam algumas das deslumbrantes fotografias do filme.
2) na terça-feira, o Diário de Notícias, coloca à venda por mais 4,25 euros, o primeiro livro da monumental tetralogia que Thomas Mann escreveu sobre José filho de Jacob. José e Seus Irmãos.
Na nota do Editor, dos Livros do Brasil, pode lêr-se:
“Em 1926, um artista de Munique pediu a Tomás [sic] Mann que lhe escrevesse a introdução para um in-fólio com ilustrações sobre a história de José, filho de Jacob, da qual Goethe havia dito: «É uma narrativa natural das mais encantadoras e só tem o defeito de ser demasiado curta, de modo que nos sentimos inclinados a escrevê-la pormenorizadamente.»
Meditando no assunto sugerido por essas ilustrações e recordando-se das palavras de Goethe, Tomás Mann sentiu «uma indescritível fascinação pela ideia de relegar para segundo plano a vida burguesa moderna e apresentar a minha narrativa do ponto de vista profundamente humano».
Depois de ter estudado a lenda bíblica, Mann, que acabara de receber o Prémio Nobel da Literatura, fez em 1929 excursões arqueológicas ao Egipto e à Palestina, onde consultou todas as fontes de informação que lhe permitiram escrever, com magistral elevação a história de José. (…)
Os quatro romances – José e Seus Irmãos, O Jovem José, José no Egipto e José o Provedor – começaram a ser publicados em 1933, com intervalos de dois, três e seis anos…”
Este livro encontra-se esgotado, não estando prevista para breve uma nova reedição (quando o procurámos foi o que nos disseram). Os restantes três livros ainda se podem encontrar numa livraria. Com alguma dificuldade, é certo.
Para nós, para além do segredo do futuro, “só” estes factos justificam o termo magia.
posted by Luís Miguel Dias domingo, julho 06, 2003