sexta-feira, julho 04, 2003
Cultura cristã - São Paulo (séc. I)
HINO DA PRIMEIRA CARTA AOS CORÍNTIOS
Se eu falasse as línguas dos homens e até as dos anjos, mas não tivesse amor
seria bronze que soa ou címbalo que tine.
Se tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e todos os saberes,
se a minha fé fosse a ponto de mover montanhas,
mas não tivesse amor, eu nada seria.
Se repartisse pelos pobres tudo quanto tenho, e meu corpo entregasse às labaredas
mas não tivesse amor, nada ganharia.
0 amor paciente, repleto de bondade,
amor que desconhece inveja e não ostenta orgulho,
amor sem vaidade, que descura o próprio interesse,
e não se irrita e não suspeita mal,
o amor que não colhe alegria da injustiça, mas se alegra com a verdade;
tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
0 amor jamais acabará:
há um tempo em que vacilam as profecias, as línguas emudecem e o saber desaparece
porque só em parte conhecemos e só em parte profetizamos,
mas quando chega a perfeição
os limites apagam-se.
Quando eu era criança, falava como criança,
sentia como criança, pensava como criança:
quando me tornei homem abandonei
as coisas de criança.
Agora vemos por um espelho, e de maneira obscura, o que depois veremos face a face.
Agora conheço apenas uma parte, mas então conhecerei
conforme também sou conhecido.
Agora permanecem fé, esperança, amor, todos juntos.
Mas o maior de todos é o amor.
Trad. José Tolentino Mendonça
In A Phala, n.º 85, Abril de 2001.
posted by Luís Miguel Dias sexta-feira, julho 04, 2003