sábado, junho 07, 2003
CINEMA
LUCHINO VISCONTI
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Luchino Visconti en 1948
“Prous e Tchekov: o tempo perdido e a memória achada
Foi também em 1960 que Visconti contou a história do epitáfio de Stendhal: ´Stendhal queria que lhe gravassem na campa a seguinte inscrição: Adorava Cimarosa, Mozart e Shakespeare.
Assim eu queria que gravassem na minha: Adorava Shakespeare, Tchekov e Verdi`.
Noutra fase da vida, e noutras entrevistas, citou outros nomes. Em 1971, disse ao Il Mondo: ´Eu próprio pertenço ao tempo de Thomas Mann, de Proust e de Mahler. Nasci em 1906 e o mundo que me cercava – artístico, literário e musical – era esse mundo. Não é por acaso que estou tão próximo deles`. Em 1974, disse ao L´Europeo: ´Desde muito novo que estou viciado em Proust, Stendhal e Balzac. Nunca deixei de o estar`. “
“De Thomas Mann adaptou para bailado Mário und der Zauberer e para o cinema A Morte em Veneza. Joseph und sein Brüder foi uma das matrizes de Rocco e até ao fim da vida sonhou adaptar A Montanha Mágica. Mahler foi o compositor escolhido para A Morte em Veneza, que contribuiu mais para para a fama do adágio da 5ª Sinfonia do que qualquer das múltiplas gravações.” (…)
COSTA, João Bénard da, “luchino visconti: o último esteta”, VISCONTI, Violência e Paixão: Os filmes de Luchino Visconti, Porto 2001, p.p. 167 e 168.
posted by Luís Miguel Dias sábado, junho 07, 2003