terça-feira, janeiro 15, 2008
Cartão continente
Jenny Holzer
O Delfim, de José Cardoso Pires, é um livro que amiúde me vem à memória, por muitos motivos. Mas agora, neste preciso momento, lembro-me também das palavras de Lazaroni, treinador do Marítimo, quando no final do jogo realizado no estádio da luz e respondendo a um jornalista que queria tirar nabos da púcara respondeu que não é nos penalties nem nas faltas que os árbitros marcam a diferença mas sim na forma como conduzem a arbitragem durante todo o jogo. Lazaroni precisou de apenas dez segundos para resumir tantos anos de futebol em Portugal. Imagino que o jornalista que lhe fez a pergunta não perceba absolutamente nada de futebol como é normal por estes dias. Só sabem dizer genial, grande, extraordinário quaresma, mesmo que ele tropece na relva. Adiante. Avé Leo, só tu em Portugal entrarias na equipa do Brasil do España 82. O resto são números para jogar onze contra onze.
Isto para dizer que os adeptos do Benfica e do Sporting não devem estar nem andar chateados ou fodidos, pois estão nos primeiros lugares do campeonato. É certo que Paulo Bento já não tem mais nada para dizer ao Sporting mas isso não é problema dele, já não tem discernimento para o perceber, está enterrado até ao pescoço e por isso tem mais dificuldades em ver o óbvio.
Para mim, adepto do Benfica, é muito claro que vamos em primeiro lugar, é mesmo clarinho, clarinho. O resto é conversa, não existe. Não há equipa em Portugal que nos últimos anos tenha gozado de tantos erros de arbitragem a seu favor como a equipa mais representativa da cidade do Porto. Chega a ser pornográfico e no entanto andam para aí a tecer loas e mais loas aos seus jogos e aos seus jogadores. Quanto a mim rio-me que nem um louco, e mais ainda quando ouço os revisionistas em directo. Não sei como foi possível os all blacks não terem sido campeões do mundo.
posted by Luís Miguel Dias terça-feira, janeiro 15, 2008