quinta-feira, fevereiro 04, 2010
Quem não viu não está bem a ver como foi, a meia final e a final.
A KIA parece ser o maior patrocinador deste australian open, e enquanto olhava para aquelas iniciais e jogava com as palavras... killed in action, já alguém mas havia soletrado, há uns meses.
Tsonga deve recordar esta pouco mais do que hora e meia de jogo muito bem guardada, defrontou um génio que, hoje, foi, mais uma vez, avassalador.
Dizer que há dois dias atrás [antes do jogo com Tsonga] Federer foi ao Mats não sei mais o quê e disse que o ténis hoje está diferente, que os jogadores são cada vez mais altos, servem com muita força, e que há jogadores que conseguem devolver quase todas as bolas, paredes portanto. Federer fala assim de mudança.
Federer.
- Onde ides, D. Isabel, madrugais hoje senhora?
[...]
- São rosas, senhor, são rosas.
Murray começa por desafiar Federer e depois não aguenta o maxilar nem o joelho nem o músculo da barriga da perna nem aquela direita.
É como aquele caso da final dos oitenta metros nos jogos desportivos de fim de período no décimo ano de escolaridade: ias com mais dois lado a lado na frente até te estatelares e romperes os joelhos no alcatrão com areia.
Federer foi tão soberano como o havia sido com Tsonga, que foi passado a ferro.
Com Murray Federer também só mudou de t-shirt para ir receber o troféu. Blue on blue.
A Murray só lhe faltou um pouco para, também, ser cilindrado, ainda que psicologicamente o tenha sido. Federer é uma lenda viva, sem opositor.
posted by Luís Miguel Dias quinta-feira, fevereiro 04, 2010