segunda-feira, setembro 10, 2007
Houve quem o pensasse e o escrevesse. Deviam, devem, andar distraídos. Popper explica e Kuhn também. Quem vê Federer jogar sabe que o Wimbledon de 2003 ainda está para durar e que está cada vez mais eficaz, pragmático. E faz pontos que não existem. No masters de 2000 em Lisboa vi Sampras ganhar um ponto impossível que quase me atirou pela bancada abaixo. Ontem levantei-me do sofá três ou quatro vezes. E Federer também tem suores frios, são é diferentes. É um cínico.
Parece-me que o Wimbledon de 2003 de Djokovic ainda está para aí a dois anos de distância. Dois? Mais ò menos. Ontem falhou porque jogou com quem jogou e com quem vai ter de continuar a jogar. Houve momentos, durante o jogo, em que ele olhava para a sua bancada e parecia não acreditar que estava lá o herói solitário quase criminoso, dizem, do táxi. Resumo: "My next book is going to be called ‘Seven Set Points,’ " Djokovic said, deadpan. "No, I’m joking. I can say I’m sorry. I wish I can dress up and play those 40-love points again."
E ver no fim do jogo Federer atirar-se para o chão em vez de perguntar are you playing with me? é sintomático. 7/6, 7/6 e 6/4.
posted by Luís Miguel Dias segunda-feira, setembro 10, 2007