segunda-feira, junho 30, 2003
BIOGRAFIA
"LEWIS CARROL, pseudónimo de Charles Lutwidge Dodgson, nasceu em 27 de Janeiro de 1832 em Daresbury, Inglaterra. Foi o terceiro de onze filhos de um clérigo. Desde jovem começou a produzir revistas para a família, nas quais era patente o seu gosto por jogos de palavras. Também os seus dotes matemáticos cedo se manifestaram. Conta-se que, quando era jovem, apresentou um problema de matemática ao pai, pedindo-lhe simplesmente: «Explique, por favor», como se antecipasse as palavras da Lagarta que mais tarde faria parte da sua obra.
De 1846 a 1850 frequentou a Rugby School e em 1854 formou-se no Christ Church College em Oxford, local onde viveu quase ininterruptamente até à sua morte (4 de Janeiro de 1898, Guilford).
Em 1861, Dodgson foi ordenado diácono, mas nunca optou pelo sacerdócio.
Colaborou com poemas para The Train, uma publicação periódica editada por Edmund Yeats, que escolheu Lewis Carrol entre quatro pseudónimos apresentados pelo autor. Lewis deriva de Lutwig através de Luduvicus e Carroll de Charles (Carolus).
A sua obra mais famosa, Alice no País das Maravilhas (1865), teve origem numa viagem de barco com as jovens Lorina, Alice e Edith, filhas do deão da Christ Church H. G. Liddell. Foi para Alice que ampliou uma história improvisada, para lhe dar a forma de livro.
Seguiu-se em 1871 Alice do Outro Lado do Espelho. Ambos os volumes foram ilustrados por Sir John Tenniel. Um crítico atribuiu o sucesso destas obras ao facto de, ao contrário dos livros daquela época para crianças, estes não terem um conteúdo moral.
Artistas do Surrealismo, como André Breton, Antonin Artaud e Salvador Dali, viram nele um precursor das suas inovações estéticas.
Outras obras de Carroll foram Phantasmagoria and Other Poems (1869), A Caça ao Snark (1876) e Sylvie e Bruno (1889 e 1893). O mais importante dos vários tratados de matemática que escreveu foi a sua defesa de Euclides em Euclid and His Modern Rivals (1879).
Carroll foi também um hábil fotógrafo amador com particular interesse pela fotografia de jovens raparigas, cuja amizade apreciava. Os seus diários foram editados por R. L. Green (2 volumes, 1953) e as suas cartas por M. N. Cohen e R. L. Green (2 volumes, 1979)."
CARROLL, Lewis (trad. Vera Azancot), "Alice no País das Maravilhas", Lisboa, Biblioteca Visão, 2000.
posted by Luís Miguel Dias segunda-feira, junho 30, 2003